Este estudo analisa o potencial exportador do setor brasileiro de carne bovina frente à suposição de futuros acordos de integração regional. Os países ou blocos escolhidos são: União Européia (UE), Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), Comunidade dos Estados Independentes (CEI), República Popular da China (RPC) e Japão. Para analisar o potencial exportador do setor de carnes, foram desenvolvidos quatro generalizações metodológicas: o potencial importador dos países, o cálculo da evolução do Índice de Vantagem Revelada das Exportações do Brasil e de seus principais concorrentes, pesquisa bibliográfica das principais barreiras existentes e cálculo do Índice de Orientação Regional. Os resultados, quanto ao potencial importador, indicam que a União Européia (UE) constitui-se altamente atrativo para a carne bovina. Os resultados do cálculo das vantagens comparativas revelaram que o Brasil tem alta e crescente competitividade no setor de carnes para o período 1990 a 2003. Quanto aos concorrentes no interior de cada bloco ou país, a União Européia é que apresentou o maior concorrente. Quanto às barreiras impostas, estas revelaram ser, de modo geral, extremamente elevadas e, em alguns casos, impeditivas. Portanto, o setor brasileiro de carnes teria muito a ganhar caso fossem eliminadas tais barreiras. Enfim, na última relação, constata-se alto grau de aceitação das exportações brasileiras de carne bovina àqueles blocos que não têm barreiras sanitárias impeditivas. Contudo, ao cruzar os resultados para o setor, observa-se que, a partir da efetivação de acordos de livre comércio inter-regionais, via Mercosul, ou por acordos bilaterais, com os blocos ou países em estudo, estes trarão ganhos efetivos para o setor brasileiro de carnes.
This study analyses the Brazilian beef exportation potential considering the supposition of future agreements of regional integration. The countries or blocks that were chosen are The European Union (EU), the North American Free Trade Agreement (NAFTA) countries, the Commonwealth of Independent States, the Popular Republic of China (PRC) and Japan. To analyze the meat sector exportation potential, four methodological generalizations are developed: the importing potential of the mentioned countries, the calculus of the evolution in the Revealed Advantage Index of Brazilian exportations and its main competitors, bibliographical research of the main existing trade barriers and the calculus of the Regional Orientation Index. The results concerning the importing potential indicate that the European Union (EU) consists of a very attractive market to Brazilian beef. The results of the calculus of comparative advantages reveal that Brazil has a higher competitivity in meat sector and it increasing in the period between 1990 and 2003. When considering the competitors inside each block or country, the European Union shows up as the major competitor. As far as the imposed trade barriers, these come out, in a general way, as extremely high and sometimes representing a blockage. Thus, the...
Resumo: O presente artigo tem como meta analisar a evolução da competitividade da carne bovina do Brasil e dos blocos União Européia e Nafta, no período de 1994-2002. Para mensurar a evolução da competitividade da carne bovina, optou-se por calcular o Índice de Competitividade Revelada (ICR). A hipótese básica de trabalho é de que o desempenho dos países desenvolvidos no comércio internacional é condicionado pelas políticas protecionistas, caracterizando uma "competitividade forçada". Os resultados encontrados para o Brasil, Nafta e União Européia, verificou-se que o Brasil não perdeu competitividade, apesar do protecionismo da União Européia e Nafta. A União Européia e o Nafta apresentaram um ICR baixo em relação ao ICR brasileiro, entretanto o índice dos dois blocos vem crescendo e um dos motivos deve ser a proteção que os países desenvolvidos garantem aos produtores locais. Palavras-chave:Competitividade, Carne Bovina, Brasil, União Européia, Nafta. Abstract:This article aims at analyzing the Brazilian, the European Union and NAFTA blocks beef market competitiveness evolution in the period of 1994-2002. To measure the beef competitiveness evolution we decided for calculating the Revealed Competitiveness Index (RCI). We make an attempt to verify this hypothesis indirectly by identifying who lost or increased its competitiveness in the beef market during the considered period. The results found to Brazil, NAFTA and the European Union demonstrated that Brazil, despite the European Union and NAFTA protectionism, did not lose its competitiveness. The European Union and NAFTA presented a low RCI in comparison with the Brazilian RCI but, the indexes of both blocks, however, are increasing and, one of the reasons should be the protection.
O presente trabalho apresenta informações do Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq e da PINTEC (IBGE) que podem ser utilizados para a análise da interação universidade-indústria no Rio Grande do Sul (RS). Foram utilizados como proxy os grupos de pesquisa do RS cadastrados no CNPq que declararam algum relacionamento com empresa. As informações pelo lado das universidades e instituições de pesquisa foram extraídas do Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq referentes ao Censo 2004. Pelo lado das empresas foram utilizadas tabulações especiais da PINTEC (base 2003). Os dados permitem ilustrar especificidades regionais recentes do Sistema Nacional de Inovação presente no país, apontando que ainda há espaço para incentivos que fomentem a transferência do conhecimento acadêmico para empresas.
O presente trabalho busca analisar, sob os pressupostos das vantagens comparativas reveladas e, a partir delas, averiguar a existência ou não do padrão de comércio intra-indústria dos ramos industriais do estado do Rio Grande do Sul que detém maior participação na pauta de exportações do Estado, a partir de cálculos nossos. Utilizaram-se os índices de vantagem comparativa revelada, índice de contribuição ao saldo comercial e de comércio intra-indústria, amparados pelos dados disponibilizados pelo sistema AliceWeb do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Os resultados indicaram vantagens comparativas para setores tradicionais, como fumo, calçados, peles e couros, sendo estes com padrão interindustrial. Enquanto os gêneros máquinas, mecânicos; máquinas e materiais elétricos apresentaram padrão intra-industrial e desvantagem comparativa.
O artigo analisa a estrutura fundiária do Rio Grande do Sul no período de 1975 a 1995-1996, faz uma retrospectiva histórica da formação da pequena e grande propriedade no Estado e identifica os fatores que determinaram as atuais distorções da estrutura fundiária regional. O grau de concentração da estrutura fundiária foi dimensionado através do índice de Gini, que tem a vantagem de expressar, através de um único número, a combinação de duas variáveis: o número de estabelecimentos e a área por eles ocupada, quando se agrupam esses imóveis por classes de tamanho. Pode-se afirmar que a evolução desse índice da estrutura fundiária do Estado, no período de 1975 a 1995-1996, revela que foram reduzidas as alterações ocorridas no período, apresentando, no geral, valores decrescentes, podendo enquadrar-se dentro da faixa de concentração de média a forte.
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