O presente trabalho objetivou caracterizar o uso da água e os aspectos ambientais de sete pisciculturas familiares ao longo de um ciclo produtivo de Tambatinga, na região Noroeste do estado do Tocantins. Seis dessas pisciculturas realizaram a produção em viveiros escavados, enquanto apenas uma utilizou uma represa de maior porte para uso de tanque-rede. Considerando o clima da região, todas as pisciculturas apresentam um período anual de seca, quando a água disponível para o cultivo se esgota pela ausência de chuva e pela característica intermitente dos rios da região. Duas pisciculturas não estavam instaladas em área de proteção permanente, mas utilizam água de afloramentos em regiões baixas não muito próximas a córregos e rios. Observou-se que parte desses viveiros escavados foi construída originalmente para dessedentação de gado e outros animais, e ganharam uso na piscicultura graças ao recente crescimento e estruturação dessa atividade no estado. Observou-se que apenas duas pisciculturas liberam efluentes do sistema de engorda dos peixes, mas em índices baixos devido ao sistema de manejo de água empregado. Durante 30 semanas acompanhou-se a variação nos seguintes parâmetros de qualidade da água: amônia, nitrito, pH, alcalinidade, gás carbônico e transparência. Em nenhuma delas os índices de amônia e nitrito foram superiores ao limite estabelecido pela legislação para a liberação de efluentes. Também em nenhuma piscicultura foi constatado o uso químicos para controle de doenças, uma prática usual da aquicultura.
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