Oral application of a 0.12% solution of chlorhexidine does not prevent respiratory tract infections among ICU patients, although it may retard their onset.
Um inquérito de soroprevalência de doença de Chagas foi realizado em amostra representativa da população com idade até cinco anos de toda a área rural brasileira, exceto o Estado do Rio de Janeiro. Foram estudadas 104.954 crianças, que tiveram amostras de sangue coletadas em papel de filtro e submetidas a testes de screening pelas técnicas de imunofluorescência indireta (IFI) e ELISA em um único laboratório. Todas as amostras com resultados positivos ou indeterminados, juntamente com 10% daquelas com resultados negativos, foram enviadas para um laboratório de referência e aí submetidas a novos testes por IFI e ELISA, além de western blot TESA (Trypomastigote Excreted Secreted Antigen). Para as crianças com resultado final positivo foi agendada uma re-visita para coleta de sangue venoso do próprio participante e das suas mães e familiares. Da avaliação do conjunto de testes resultaram 104 (0,1%) resultados positivos, dos quais apenas 32 (0,03%) foram confirmadas como infectadas. Destas, 20 (0,02%) com positividade materna concomitante (sugerindo transmissão congênita), 11 (0,01%) com positividade apenas na criança (indicativo de provável transmissão vetorial), e uma criança positiva cuja mãe havia falecido. Em 41 situações ocorreu confirmação apenas nas mães, sugerindo transferência passiva de anticorpos maternos; em 18 a positividade não se confirmou nem nas crianças nem nas suas mães; e em 13 não foi possível a localização de ambas. As 11 crianças que adquiriram a infecção por provável via vetorial distribuíram-se predominantemente na região nordeste (Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas), acrescidas de um caso no Amazonas e um no Paraná. Dos 20 casos com provável transmissão congênita sobressaiu-se o Rio Grande do Sul, com 60% deles, representando este o primeiro relato de diferenças regionais na transmissão congênita da doença de Chagas no Brasil, possivelmente relacionada à existência de Trypanosoma cruzi grupo IId e IIe, atualmente classificados como TcV e TcVI. Os resultados deste inquérito apontam para a virtual inexistência de transmissão de doença de Chagas por via vetorial no Brasil em anos recentes, resultante da combinação dos programas regulares e sistemáticos de combate á moléstia e de mudanças de natureza socioeconômica observadas no país ao longo das últimas décadas. Por outro lado, reforçam a necessidade de manutenção de um programa de controle que garanta a consolidação deste grande avanço.
With the large number of individuals infected and recovered from Covid-19, there is intense discussion about the quality and duration of the immunity elicited by SARS-CoV-2 infection, including the possibility of disease recurrence. Here we report a case with strong clinical, epidemiological and laboratorial evidence of, not only reinfection by SARS-CoV-2, but also clinical recurrence of Covid-19.
HIV infection among prison inmates shows one of the highest prevalence rates for specific population subgroups, reaching as high as 17% in Brazil and elsewhere in the world. The present study aimed to estimate HIV antibody prevalence and risk factors for infection in male inmates at the Ribeirão Preto Penitentiary, São Paulo State, Brazil, from May to August 2003. Using simple random sampling, 333 participants were selected, answered a standardized questionnaire, and had blood samples collected. Enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) and indirect immunofluorescence were used for HIV serological diagnosis. Overall HIV prevalence among inmates was 5.7% (95%CI: 3.2-8.2). All variables associated with HIV antibodies in the univariate analysis were submitted to unconditional multivariate logistic regression. Independent predictors of HIV infection were: total prison sentence less than five years and sharing needles and syringes.
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