Com o objetivo de verificar a relação entre a concentração de colágeno e a capacidade de suportar pressão em anastomoses de cólon quando existe peritonite, utilizaram-se 40 ratos machos, Wistar-TECPAR, com idade média de 120 dias e peso médio de 302 g, os quais foram divididos em 2 lotes de 20 animais que compuseram os grupos controle e peritonite. Sob anestesia inalatória e submetidos à laparotomia os ratos do grupo peritonite tiveram infecção induzida pelo método de Wichterman e col. e os do grupo controle laparotomia com manipulação dos segmentos intestinais envolvidos no experimento. Após 24 horas eram relaparotomizados, sofriam colotomia transversa total esquerda à 2,0 cm da reflexão peritoneal e anastomose em plano único, extra-mucoso. As aferições foram realizadas nop tereciro e sétimo dias de pós-operatório. Ressecava-se 4,0 cm do cólon esquerdo contendo a anastomose e media-se a pressão de ruptura. Realizou-se estudo histopatológico, empregando-se a coloração do Sirius-red e análise da concentração de colágeno através de método computadorizado. Verificou-se que a capacidade de suportar pressão aumentou com o tempo de evolução de forma semelhante nos dois grupos. A concentração de colágeno foi menor no grupo com peritonite no terceiro dia (p = 0,000168) e no sétimo dia (p = 0,0020). Os percentuais de colágeno I e III foram semelhantes no terceiro dia. Já no sétimo dia, no grupo peritonite predominou o colágeno tipo III ( p = 0,000079). Os resultados analisados demonstram que existe diminuição da concentração e da maturação do colágeno nas anastomoses colo-cólicas realizadas quando existe peritonite porém esta alteração não interfere na capacidade da anastomose suportar pressão.
Achados oculares e fundoscópicos em pacientes com lupus eritematoso sistêmico apresentaram alteração fundoscópica relacionada ao LES. As principais lesões encontradas foram manchas algodonosas e estreitamento arteriolar (68,42%), seguidas de aumento da escavação (10,52%) e palidez do disco óptico (10,52%), lesão perivascular (5,26%) e alteração no epitélio pigmentar da retina (5,26%).Conclusão: Observou-se alta prevalência de alterações fundoscópicas relacionadas ao LES, demonstrando a importância de exames fundoscópicos regulares mesmo em pacientes lúpicos assintomáticos ou sem doenças associadas.
Embora a colite ulcerativa seja conhecida desde 1875 e muitas sejam as manifestações extra-intestinais descritas nesta doença, só recentemente chamou-se a atenção para o envolvimento do aparelho respiratório. Severas complicações têm sido descritas em pacientes como: estenose traqueal inflamatória, bronquiolite com pneumonia, pneumonite intersticial, granulomatose de Wegener, bronquite crônica com bronquiectasia, nódulos necrobióticos, vasculites, fibrose e alveolites. O presente estudo visa reconhecer as alterações pulmonares, na fase aguda da doença inflamatória do cólon, induzida em ratos com ácido acético à 10% e comparar com controles normais. Foi possível constatar que 100% dos animais com colite apresentaram reação inflamatória pulmonar (p=0,0210) de intensidade moderada à severa (p=0,0340). Vasculite foi vista em 58,33% dos pulmões (p=0,0060) e em 3 animais detectou-se hemorragia focal, necrose e abscesso. Estes achados permitem atribuir uma forte associação entre a doença inflamatória do cólon e alterações do aparêlho respiratório, durante a fase aguda da doença, em ratos.
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