Este artigo é uma contribuição para a reflexão sobre os desdobramentos das relações entre saberes tradicionais, plantas, substâncias, ciência e mercado. A motivação é pensar as transformações em relação à ayahuasca desde os anos 1980s. Assim, problematiza aspectos e implicações da expansão do uso da ayahuasca, especialmente com foco no campo do que tem sido chamado religiões ayahuasqueiras. Analisa as relações entre a expansão do uso da ayahuasca e suas implicações contemporâneas, particularmente em relação à medicina alopática e a conversão dos participantes destas religiões de coletores para agricultores. Esta questão implica em pensar uma seleção de plantas, de homogeneização das propriedades biofarmacológicas da substância, uma reificação que se desdobra num aspecto controverso do ponto de vista etnofarmocológico. Também nos desdobramentos do uso da agricultura numa seleção dos efeitos e assim das experiências com a substância.
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