<p>No ano de 2002, o currículo de Farmácia passou por mudanças baseadas nas Diretrizes Curriculares editadas pelo Ministério de Educação, deixando de ter uma abordagem tecnicista, que dificultava a visão acadêmica e a sua capacidade crítica, para uma abordagem generalista. Considerando-se esta mudança de foco e as adequações curriculares envolvidas, o objetivo deste trabalho é identificar as disciplinas necessárias para que o farmacêutico realize suas funções durante o exercício profissional. Foi aplicado questionário a 30 farmacêuticos, no período de outubro a dezembro de 2015, para obtenção dos dados segundo as percepções dos profissionais quanto à importância de 65 disciplinas relacionados ao curso. Dentre as disciplinas avaliadas, podem ser citadas: “farmacologia clínica”, “farmacotécnica“, “análise orgânica“, “anatomia humana“, “homeopatia“, dentre outras. Os farmacêuticos classificaram cada item como “não importante”, “importante, mas não essencial”, “essencial” ou “não sei”, após o qual foi utilizado o método de Lawshe para validação de itens. Observou-se que, das 65 disciplinas contidas no questionário, 31 foram consideradas como essenciais ao exercício da profissão, sobressaindo-se a disciplina “farmacologia clínica” com 100% dos entrevistados a considerando essencial. No caso de outras 28 disciplinas, não foi possível validá-las de forma definitiva como essenciais ou como a serem excluídas, em função do tamanho da amostra. Por outro lado, as disciplinas “farmacobotânica”, “primeiros socorros”, “bioestatística”, “psicologia aplicada à farmácia”, “fundamentos socioantropológicos de saúde” e “física aplicada à farmácia” poderiam ser excluídas da grade curricular do curso de farmácia. O trabalho poderá contribuir para uma análise crítica da grade curricular do curso e visando possíveis alterações e melhoria nesta.</p><p><strong>Palavras chave: </strong>Farmácia; Grade curricular; Método de Lawshe; Questionário.</p>
