Este artigo tem como objetivo investigar a (co)construção metafórico-multimodal que advém do impacto discursivo de ações e de concepções capacitistas em relação ao autismo. Para tanto, adoto uma aproximação entre a Análise de Discurso Crítica, orientado por Fairclough (2003, 2006), os estudos da metáfora conceptual, influenciado por Fauconnier e Turner (2003, 2008) e por Vereza (2010, 2017), a metáfora multimodal, encaminhada por Forceville (1988, 2009) e por Sperandio (2015), e a Sociolinguística Interacional, em consonância com Goffman (1998 [1979]) e com Tannen e Wallet (1998 [1987]). No âmbito da pesquisa qualitativa, o corpus desta pesquisa foi gerado a partir de discussões com pessoas autistas sobre um texto multimodal publicado na revista Saúde, em 2019, por meio da plataforma WhatsApp. Os resultados apontam que metáforas socioculturalmente situadas, instanciadas em práticas sociais que representam e que identificam pessoas autistas como ‘solitárias’, ‘seres de outro planeta’, ‘anjo azul’, subjazem a metáfora conceptual AUTISMO É ESTAR FORA, colaborando com a manutenção do capacitismo em estruturas sociais.
As práticas educativas propõem novos desafios para sus participantes. As necessidades nas práticas atuais pretendem (re) pensar os atuais sistemas educativos, o que sugere mudanças nas práticas profissionais docentes, nas metodologias e contemplar a inclusão desde a escola até a educação superior. Neste livro, Práticas docentes, metodologias e inclusão: um olhar desde a complexidade da Escola à universidade, pretende-se apresentar os diversos olhares das práticas educativas, nos contextos locais da escola e da universidade. O livro contém quatro seções nos quais os temas aprofundam nas práticas da escola e da universidade como universo complexo de relações entre seus participantes. A primeira seção apresenta um conjunto de cinco artigos que percorrem os caminhos da física, literatura, música, anos iniciais e o currículo sob o subtítulo das práticas docentes. Posteriormente, na segunda seção, são apresentados quatro artigos que destacam a escola e suas relações de complexidade. Em esta seção, os autores ressaltam a importância de outros espaços escolares como a biblioteca, a coordenação pedagógica e suas contribuições; ademais disto, propõe-se diversos tipos de sentimentos e comportamentos que caracterizam a violência e subjetividade na escola, via aporte teórico da psicanálise e Educação. Na terceira seção, são apresentados três artigos que identificam as metodologias ativas e interdisciplinares como sua base para o ensinar, refletir e agir. Nesta seção, são abordados os artigos que pretendem analisar abordagens outras que pretendem pela conexão entre saberes distintos e apoiam os processos de ensino-aprendizagem. Por fim, para concluir esta edição, apresentamos cinco artigos que convidam à continuar na abertura do olhar investigativo, frente ao campo da inclusão educativa. O conjunto de artigos pretende continuar o trabalho em crescente pesquisa sobre a atenção à diversidade e a inclusão, não só a nível da escola básica, senão transcender a espaços de formação como os oferecidos pelas universidades. É importante destacar aqui, que a inclusão começa a ganhar um espaço na educação superior, conforme exposto pelos autores ao contemplar a inclusão de estudantes com autismo.
Este artigo tem como objetivo analisar a forma como o neoliberalismo tem sido articulado em resumos de artigos científicos no combate à pandemia Covid-19 no Brasil. Para tanto, amparados por Halliday e Matthiessen (2014), descrevemos e interpretamos a representação da experiência, bem como a organização dos significados e a troca interpessoal, à luz da Linguística Sistêmico-Funcional. Metodologicamente, afiliamo-nos a pressupostos da pesquisa qualitativa interpretativista, em conformidade com Denzin e Lincoln (2006), para a investigação do gênero discursivo (BAKHTIN, 2003) resumo de artigo científico. No sistema da Transitividade, os resultados apontaram a predominância dos Processos Relacional e Existencial, identificando e descrevendo efeitos nefastos causados pela Covid-19. Sobre o sistema de MODO, houve o predomínio de informações em Finitos no Presente do Indicativo, visando à troca declarativa com o leitor da necessidade de práticas neoliberais permanentes. Acerca do sistema de Tema, os textos analisados privilegiaram a coesão, facilitando a organização do empreendimento de manutenção do capitalismo.
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