Neste artigo, a partir da proposição de uma lei que limita a atuação de homens na Educação Infantil no Estado de São Paulo, problematizamos a figura do homem-professor nesta etapa da educação. Sustentados nos Estudos de Gênero, de vertente pós-estruturalista, nos cabe considerar que nossas instituições educativas são atravessadas por scripts de gênero que dimensionam nosso olhar e conduzem a conduta dos sujeitos. Este texto foi produzido através do diálogo entre duas pesquisas produzidas em momentos distintos (BELLO, 2006; ZANETTE, 2018), mas que tinham como corpus a primeira etapa da Educação básica. As metodologias utilizadas foram a observação participante em uma turma da Educação Infantil e grupos focais com docentes, respectivamente. Depreendeu-se deste diálogo que o estranhamento da presença do homem-professor na Educação Infantil é ratificado pelo pânico moral que vêm se produzindo ao longo do tempo. Pânico este que traduz o sujeito masculino como portador de uma sexualidade incontrolável, consequentemente, perigosa. Contudo, percebe-se que estes obstáculos podem ser encarados como elementos que contribuem para a constituição de uma profissionalidade masculina que atua junto a diferentes instituições com crianças.
Este artigo pretende problematizar questões referentes ao filme “Ordem Divina” ou “Mulheres Divinas” dirigido por Petra Volpe. Abordaremos a partir de três caminhos as ressonâncias estéticas e políticas acerca do feminismo. O primeiro acerca do conceito de destino de mulher e as suas implicações políticas, tendo como interlocução conceitual o pensamento de Simone de Beauvoir e Virgínia Woolf; o segundo a relação entre a casa privada e a biblioteca, tendo a formação das mulheres uma importância fundamental. O terceiro abordamos as implicações das masculinidades e as ressonâncias apresentadas no filme.
O presente artigo pretende revisitar algumas pesquisas de mestrado e doutorado desenvolvidas na linha de pesquisa Educação, Sexualidade e Relações de Gênero, em especial no eixo temático Infâncias, Gênero e Sexualidade, – vinculada ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da UFRGS. A visibilidade e a dimensão que tais investigações têm tomado, especialmente nos dias atuais, mostram o alcance e a pertinência desses temas, que tiveram início nas discussões propostas pelo GEERGE – Grupo de Estudos de Educação e Relações de Gênero – e que ainda hoje estão em plena atividade, inspirando a criação de outros grupos de pesquisa no campo da educação. Para dar conta desta tarefa, foram utilizados os dados disponíveis na Plataforma Lattes do CNPq e no repositório de teses e dissertações da UFRGS. O conjunto dos textos divulgados, entre acessos e downloads, já foram visualizados 63180 vezes. Diante deste quadro, é necessário problematizar o acesso e a disseminação dos conhecimentos produzidos por este grupo.
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