Violência doméstica é qualquer ação ou omissão que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. O cirurgião-dentista é um dos profissionais que possui maior contato com estas vítimas, devido ao maior comprometimento na região orofacial dos pacientes violentados. O objetivo do presente trabalho é discutir a importância da formação acadêmica do cirurgião-dentista frente a violência doméstica. A pesquisa foi realizada com alunos do curso de odontologia de uma universidade de Natal/RN, do nono período. Para colhimento e validação dos dados, questionários foram aplicados de forma individual e reservada para cada um. Participaram da pesquisa 57 alunos. Afirmaram que o cirurgião-dentista deve saber e ter a responsabilidade na identificação e no diagnóstico de casos de violência doméstica, 54 (94,7%) dos entrevistados. Quanto às providências que devem ser tomadas, pelo profissional, a escolha por “notificar a agressão” foi a mais relatada. Em relação ao tema ter sido abordado no curso, 30 (52,6%) estudantes relataram ter tido contato com o tema estudado, desses, a maior parte dos entrevistados 16 (53,3%), responderam não lembrar ao certo quando isso aconteceu. Com esta pesquisa, concluiu-se que há necessidade de uma maior abordagem sobre esta temática por parte dos professores que ministram as disciplinas básicas da grade curricular, pois, ainda que os participantes tenham respondido de forma positiva aos questionamentos, notou-se uma insegurança e deficiência perante o tema proposto.
A fusão é uma anomalia dentária caracterizada pela união de dois germes dentários. Os dentes supranumerários são elementos que se desenvolvem além da dentição normal. A combinação desses dois desvios dos padrões de normalidade torna o diagnóstico desafiador. Essas anomalias podem resultar em graves problemas no desenvolvimento da dentição se não forem diagnosticadas e tratadas precocemente. Após um correto diagnóstico, o cirurgião dentista deve avaliar todos os parâmetros e decidir qual a melhor conduta de tratamento. A remoção do dente é frequentemente indicada quando se apresenta com complicação ou qualquer patologia associada. O objetivo é relatar um caso de terceiro molar inferior fusionado com um supranumerário, discorrer sobre essas anomalias, bem como prevalência, manejo e discussão do tema. Trata-se de um relato de caso, do tipo qualitativo descritivo, com embasamento na literatura científica. A literatura mostra que a fusão entre um supranumerário e um outro elemento é uma condição rara, e em alguns casos pode-se optar pelo tratamento endodôntico, mas em outros é viável o cirúrgico. No caso relatado, optou-se pela remoção cirúrgica do elemento, a fim de prevenir uma impacção do dente quando completamente desenvolvido, o que dificultaria ainda mais o tratamento. Concluímos que o acompanhamento da evolução dos terceiros molares deve ser feito desde cedo para observar seu processo de formação e diagnosticar qualquer anomalia que venha a surgir, a fim de solucionar precocemente e evitar maiores consequências. Ademais, ressaltamos a importância da TCFC no diagnóstico diferencial e na obtenção de informações para o planejamento cirúrgico.
O atendimento domiciliar é uma prática nova e em expansão na Odontologia e vem crescendo ainda mais no cenário da pandemia. Além dos pacientes que não podem ou não conseguem se deslocar até um consultório odontológico, pessoas saudáveis e sem comorbidades têm procurado este tipo de atendimento como forma de evitar a contaminação pelo SARS-CoV-2. Os objetivos deste trabalho são discutir a diretriz de biossegurança de um serviço de atendimento odontológico domiciliar de Natal/RN, em tempos de pandemia da COVID-19, e abordar as práticas de biossegurança antes da saída do consultório para o atendimento que devem ser executadas, visando a melhor forma de minimizar e/ou extinguir riscos de contaminação. Para isto, foi realizada uma revisão narrativa de literatura com base na discussão desta diretriz, usando os descritores “Visita domiciliar”, “Assistência odontológica” e “COVID-19”, para artigos em português e inglês, entre 2016 e 2021. A COVID-19 trouxe uma nova perspectiva nos cuidados de biossegurança na Odontologia Domiciliar, daí a necessidade de se seguir recomendações específicas de cuidados. Concluiu-se que: as diretrizes propostas pela empresa potiguar otimizam e tornam o AOD mais prático e seguro; cada serviço deve adequar as sugestões trazidas, de acordo com o seu público-alvo e a realidade da região; e as diretrizes para os momentos prévios ao início do atendimento propriamente dito estão relacionadas a uma boa anamnese e a organização dos equipamentos e insumos necessários para cada visita. Além disso, sugere-se discutir as etapas subsequentes destas diretrizes bem como propostas de outros serviços de homecare odontológico.
A halitose, popularmente conhecida como mau hálito, é um termo utilizado para descrever odores desagradáveis oriundos da cavidade bucal, independentemente de sua causa. Estudos atuais vêm abordando que a Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana (aPDT) tem sido utilizada como coadjuvante no tratamento dessa patologia. O objetivo geral deste estudo é revisar a literatura sobre a eficácia da terapia fotodinâmica no tratamento da halitose de origem bucal e o objetivo específico é revisar a literatura sobre a ação da terapia fotodinâmica no tratamento da halitose de origem bucal. Foi realizada uma revisão narrativa de literatura e o levantamento de estudos foi realizado nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde e periódicos CAPES, com os descritores “Halitose”; “Fotoquimioterapia”; “Terapia Fotodinâmica”; “Terapêutica” e “Cavidade Oral”. Os artigos foram publicados entre os anos de 2017 e 2021, nos idiomas inglês, português e espanhol. Após isso, 24 artigos foram incluídos nesta revisão. A ideia da realização deste estudo surgiu primeiramente pela grande parcela da população com halitose, que interfere diretamente na qualidade de vida. A aPDT é uma opção para diminuir a quantidade de microrganismos presentes na boca e baseia-se na combinação de uma fonte de luz de comprimento de onda adequado com um fotossensibilizador e o oxigênio do ambiente. A aPDT mostrou-se eficaz na redução do sulfeto de hidrogênio imediatamente após sua aplicação, reduzindo a halitose de origem bucal em um curto período de tempo.
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