ResumoObjetivo: determinar a prevalência da retinopatia da prematuridade (RP) em recém-nascidos de muito baixo peso (RN-MBP) (P<1500g).Métodos: Foram examinados prospectivamente 102 RN-MBP admitidos no BA M-HC (FMUSP), nascidos no período de 01 de janeiro de 1992 a 31 de dezembro de 1993.O mapeamento de retina, com depressão escleral, foi realizado inicialmente entre 3 e 8 semanas de vida pós-natal e repetido a cada 1 a 4 semanas, até que a vascularização da retina se completasse ou a RP se estabelecesse. Para a classificação da RP, foram utilizados os critérios da "International Classification of ROP", e, para análise estatística, considerou-se a retinopatia mais grave que o RN apresentou na sua evolução.Resultados: Nesta casuística, verificou-se RP em 29,90% dos casos,em 78,5% dos RN com peso inferior a 1.000g. e em 72,73% dos RN com idade gestacional inferior a 30 semanas. Entre os RN com RP, encontravam-se 77,05% na fase 1, 13,11% na fase 2 e 9,84% dos casos na fase 3. A oferta de oxigênio na forma de ventilação mecânica e CPAP se mostraram fatores estatísticamente significativos para o desenvolvimento de RP.Conclusões: O exame oftalmológico, realizado entre 3 e 8 semanas de vida, mostrou ser um instrumento importante na detecção da RP em todo o RN-MBP (<1.500g), em especial nos com peso ao nascer inferior a 1.250g e / ou idade gestacional inferior a 34 semanas.J. pediatr. (Rio J.). 1997; 73(6):377-382: retinopatia da prematuridade, peso ao nascer, idade gestacional, oxigenoterapia, fatores de risco. AbstractObjective: Evaluate the prevalence of retinopathy of prematurity (ROP) in very low birthweight infants (birthweight < 1500 g).Method: A prospective examination was conducted on 102 neonates with very low birthweight admitted to the BAM-HC (FMUSP) between 01/01/92 and 12/31/93. The mapping of the retina with escleral depression was first conducted between 3 rd and the 8 th weeks of life, and it was repeated every 1 to 4 weeks until the vascularization of the retina was complete or the ROP was present. To classify the ROP the International Classification of ROP was used. For the purposes of statistical analysis, the most serious phase of ROP presented by the neonate was considered.Results: In this study retinopathy of prematurity was present in 29.09% of the neonates, in 78.5% of those under 1,000g of birthweight, and 72.73% of those with less than 30 weeks of gestational age. Among the newborns with ROP, 77.05% were in phase 1, 13.11% in phase 2, and 9.84% in phase 3. Oxygen in mechanical ventilation and "CPAP" were statistically significant factors for the development the ROP.Conclusion: The ophthalmologic examination between the 3 rd and 4 th weeks of life was an important instrument for the detection of RP and should be done in all very low birth weight infants (weight < 1,500g), specially in neonates with less than 1,250g and/or gestational age under 34 weeks.
IntroduçãoA pressão arterial sistêmica (PA) pode ser determinada através de diferentes métodos. As técnicas mais largamente utilizadas incluem registro direto da pressão intraarterial, uso do esfigmomanômetro e palpação, ultra-somdoppler e oscilometria 1 . Os registros diretos são obtidos no RN por meio de cateterização da aorta abdominal, através da artéria umbilical. Constitui a forma mais precisa de medida da PA, mas está associada a complicações como infecção, vasoespasmo e formação de trombos, além de dificultar a monitorização do paciente fora da UTI 1,2,3 . A oscilometria tem sido empregada como método de determinação da PA há muitos anos 4 . No início deste século, Balard já citava que a oscilometria era o único método que possibilitava a determinação da PA em crianças pequenas 4 . Atualmente, está comprovada a correlação entre a variação da PA determinada pela técnica de oscilometria e aquela obtida por cateter intra-arterial 1,4-7 . Sendo assim, a oscilometria constitui um instrumento de grande utilidade para a monitorização não-invasiva de pacientes graves e para determinação da PA no exame detalhado do RN.Não existe consenso na literatura quanto à definição de hipertensão arterial sistêmica no RN. De forma geral, considera-se hipertensão arterial a presença de pressão sistólica dois desvios-padrão acima do esperado para idade e peso de nascimento 1 . Entretanto, ainda existem poucos estudos com rigidez metodológica relativos à distribuição dos níveis de PA em RN normais, particularmente em nosso meio. ResumoOs autores estudaram a evolução dos níveis médios de pressão arterial sistêmica (PAS) sistólica, média e diastólica em RNT-AIG durante o primeiro mês de vida, utilizando a técnica de oscilometria, com monitor não invasivo de pressão arterial. Foi realizado um estudo prospectivo, em que foram acompanhados apenas RN com Apgar de 1º minuto > 7, sem intercorrências clínicas e sem uso de drogas com possíveis efeitos sobre a PA. Foram medidos os valores de PA sistólica, média e diastólica na 12ª hora de vida e no 3º, 7º, 14º e 28º dias de vida. Demonstraram que existe uma elevação dos níveis de PA no RN estatisticamente significante do 1º ao 3º dia e entre este e o 7º dia de vida. A partir da primeira semana de vida, até o final do 1º mês, essas modificações não foram significativas.J. pediatr. (Rio J.). 1996; 72(3):155-158: pressão arterial, recém-nascidos, oscilometria. AbstractThe authors studied the levels and evolution of systolic, mean and diastolic arterial blood pressure in term newborns adequate for gestacional age during the first month of life. The applied technique was oscillometric, using a non-invasive monitor. The study was prospective, including newborns who had received first minute Apgar score above 6, with no clinical disturbances or use of any drug with possible arterial blood pressure side effects. The measurements of systolic, mean and diastolic arterial blood pressure were taken at 12 hours of life and 3rd, 7th, 14th and 28th days of life. The authors observed an increase in arter...
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