Resumo O estudo teve como objetivo avaliar, mediante revisão integrativa, o conhecimento produzido na literatura acerca das atividades desempenhadas pelos agentes comunitários de saúde no Brasil e em outros países. A busca de dados, realizada no período de 2010 a 2014, abrangeu: Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior; biblioteca eletrônica Scientific Electronic Library Online; Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde; Medical Literature Analysis and Retrieval System On-line e US National Library of Medicine National Institutes of Health. Dos 240 estudos identificados, 27 foram incluídos nesta revisão. A literatura evidencia as funções que os agentes comunitários de saúde exercem, em variedade de ações em diversos contextos geográficos e culturais. O agente tem diferentes inserções no mercado de trabalho e vivencia fragilidades, oriundas de contextos socioculturais da comunidade, da necessidade de maior reconhecimento do sistema de saúde e da equipe. Sua posição entre a comunidade e a equipe de saúde é estratégica, contribuindo para a saúde da comunidade. Deve-se proporcionar formação propícia à sua atuação e possibilitar o acesso à educação permanente, além de se promoverem recursos para maior valorização da equipe de saúde em sua relação com a sociedade.
Resumo: O estudo mapeou parte da produção de cuidado em saúde mental que acontece no encontro entre Agente Comunitário de Saúde (ACS) e usuário na Atenção Primária à Saúde (APS). A metodologia utilizada foi a cartografia, fundamentada na esquizoanálise, teoria filosófica de Gilles Deleuze e Félix Guattari, cujo interesse é mapear as linhas de força que conectam o objeto de estudo. Para a captura da produção de cuidado, realizaram-se grupos focais com ACS de equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) de Montes Claros-MG. Como resultado, verificam-se deslocamentos no cuidado dos ACS, quando, saindo das linhas duras “profissionais psi cuidam” e “cuidar sem se envolver”, são atravessados por linhas maleáveis e de fuga, “oferecer escuta” e “pensar sobre o encontro com o usuário”; contudo, há reterritorialização por nova linha dura: “escutar não basta”. Aponta-se a potencialidade do ACS no cuidado em saúde mental na APS: um trabalhador aberto à invenção de sua subjetividade e à Reforma Psiquiátrica. Para tal, são necessários agenciamentos que contribuam para novas formas de cuidado em seu território de trabalho, dando-lhes visibilidade e reconhecimento.
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