O acesso à divulgação científica em museus e centros de ciências para pessoas com e sem deficiência representa a democratização social e cultural desses espaços, para tanto, faz-se necessário ampliar a discussão acerca da acessibilidade e inclusão nesses ambientes. O objetivo deste artigo é verificar o público-alvo e as estratégias ou recursos de acessibilidade em museus e centros de ciências, no âmbito de pesquisas no formato de teses e dissertações defendidas entre 2010 a 2019 e depositadas no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES, bem como conhecer a relação entre acessibilidade e inclusão estabelecida pelos autores dos trabalhos analisados. Realizou-se uma pesquisa qualitativa cuja busca no referido catálogo se deu a partir dos seguintes descritores: “Museu de Ciência”, “Museus de Ciências”, “Centros de Ciências”, separadamente, e os termos “Acessibilidade” AND “Museu”, “Acessibilidade” AND “Museus” e “Acessibilidade” AND “Centros de Ciências”. Ao todo, foram selecionados 12 trabalhos, sendo 8 dissertações e 4 teses. Por meio de uma análise de conteúdo, os dados tratados apontaram que a surdez, as deficiências visual e intelectual, assim como a deficiência de modo geral, foram foco da abordagem dos trabalhos. Foram utilizadas diversas estratégias de acessibilidade, tais como o uso de recursos multissensoriais que envolveram os sentidos visuais, auditivos, táteis, gustativos, entre outros. Pode-se inferir que os conceitos de acessibilidade e inclusão, apesar de apresentarem especificidades entre si, possuem uma relação de interdependência, pois surgem a partir do movimento político das pessoas com deficiência, que reivindica a eliminação das diversas barreiras que obstaculizam o acesso e a participação das pessoas com deficiência em todos os âmbitos sociais.
Este artigo é fragmento de uma pesquisa concluída em 2016 que investigou, a partir do modelo social da deficiência, como ocorre o processo educativo de estudantes com deficiência em uma instituição de Educação Profissional e Tecnológica. A pesquisa, de natureza qualitativa, teve como sujeitos cinco estudantes que foram convidados a participar de uma entrevista individual semiestruturada. A partir das regularidades presentes nos dados, duas categorias de análise foram elencadas com base na análise de conteúdo. Em relação à categoria Autoinstauração na constituição do indivíduo, o objetivo é possibilitar a valorização das singularidades dos estudantes com deficiência, assim como o seu acesso a direitos humanos básicos como formação educacional e profissional, representando assim a inclusão social desse público. Concernente à categoria Acessibilidade Arquitetônica e Metodológica, a estrutura física da instituição, bem como os procedimentos de ensino adotados pelos docentes, apresenta barreiras ao processo de aprendizagem dos estudantes entrevistados e não corresponde aos pressupostos do modelo social de deficiência. Pode-se inferir que o princípio do modelo médico de deficiência ainda está presente na instituição, contudo, existem iniciativas por parte dos docentes, técnico-administrativos e da equipe de gestão para a superação desse modelo. Como possibilidade, propõe-se a formação docente continuada de forma sistemática e fundamentada nos princípios do modelo social de deficiência.
ResumoEste artigo tem como objetivo refletir sobre o processo de ensino e de aprendizagem de pessoas com surdocegueira a partir do documentário As Borboletas de Zagorsk. O estudo, de natureza qualitativa, foi realizado por meio da análise do documentário tendo como aporte teórico principal Vigotski no que concerne à compreensão de que o desenvolvimento humano ocorre por meio das interações sociais, a partir da relação dialética entre os aspectos biológicos e culturais. Como dispositivos analíticos utilizaramse os seguintes eixos temáticos: relação entre o biológico e o cultural, mediação semiótica e compensação social. Como resultado, aponta-se que os processos de aprendizagem e de desenvolvimento humano não ocorrem naturalmente, eles necessitam de condições concretas de vida para que sejam desencadeados, tendo em vista que são construídos nas e pelas relações sociais. Conclui-se que as pessoas com surdocegueira apresentam potencialidades para aprender assim como as demais, para tanto, precisam de mediação pedagógica adequada e que atenda às suas especificidades. Palavras-chave: documentário As Borboletas de Zagorsk; surdocegueira; teoria histórico-cultural.
A educação inclusiva é uma perspectiva educacional que defende que todos os estudantes têm direito ao acesso à escola comum. A formação docente inicial representa um importante desdobramento para que os princípios da educação inclusiva sejam colocados em prática no contexto educacional. Desse modo, este artigo objetiva discutir os saberes e práticas pedagógicas inclusivas necessárias à atuação na área das ciências da natureza, tendo como perspectiva uma formação docente inicial socialmente implicada com os princípios da inclusão escolar. A pesquisa de natureza qualitativa foi realizada a partir de abordagem teórica e o tratamento analítico baseou-se na análise de conteúdo. Os principais resultados do estudo apontaram que: os saberes e práticas pedagógicas no ensino de ciências da natureza explicitam a necessidade de que a temática da educação inclusiva seja contemplada nos currículos dos cursos de licenciatura, estabelecendo relação entre a teoria e a prática educacional e destacando a mediação docente como eixo central para o processo educativo de todos os estudantes; assim como é necessário que os futuros professores de ciências conheçam as possibilidades de criação de redes de apoio e de produção de materiais didáticos acessíveis.
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