This essay analyzes the socio-sanitary impacts exerted by the environment, incorporating the dynamics brought about by the COVID-19 pandemic and unveiling its repercussions. Countries that failed to prevent the virus spread and to established effective and collaborative intervention measures were hit the hardest. Environmental destruction reached new heights in the pandemic, as have the threats faced by its defenders, further aggravating the crisis. In this scenario one can highlight the risks posed to Brazilian Indigenous peoples and Latin American environmentalists; the emergence of dangerous groups; and the implementation of government policies with critical effects on environmental preservation that put traditional ways of life at risk. It is thus recognized that the planet faces not only a health crisis, but also a socioeconomic and environmental one. To overcome such heterogeneous crisis, efforts must be multifaceted, involving: caring for health and ecosystems; eliminating global poverty and sanitary inequality; reducing environmental risks; protecting traditional ways of life; defending democracies and human rights; and fostering sustainable development policies and international cooperation. These efforts will also affect the years to come, minimizing the risks of new pandemics and acting to preserve the environment.
Resumo Este ensaio busca analisar os impactos sociossanitários exercidos pelo meio ambiente, incorporando as dinâmicas trazidas pela covid-19 e evidenciando as repercussões da pandemia. O coronavírus atingiu sobretudo países que falharam na prevenção e não estabeleceram medidas de intervenção eficazes e colaborativas. A destruição da natureza se intensificou na pandemia, assim como as ameaças enfrentadas por seus defensores, o que agravou ainda mais a crise. Nesse contexto pode-se destacar os riscos apresentados aos indígenas brasileiros e aos ambientalistas latino-americanos; o surgimento de grupos perigosos; e a implementação de políticas governamentais de efeitos críticos que afetam a preservação ambiental e colocam em risco os modos de vida tradicionais. Assume-se, desse modo, que o planeta enfrenta uma crise sanitária, mas também socioeconômica e ambiental. Para que tal crise heterogênea seja superada, os esforços precisam ser multiformes, envolvendo: cuidados à saúde e aos ecossistemas; diminuição da pobreza global e da desigualdade sanitária; redução de riscos ambientais; proteção dos modos de vida tradicionais; defesa das democracias e dos direitos humanos; fomento de políticas de desenvolvimento sustentável; e cooperação internacional. Tais esforços também incidirão sobre os anos vindouros, minimizando os riscos de novas pandemias e atuando na preservação ambiental.
Resumo Este ensaio se propõe a analisar em que medida a pandemia de covid-19 e a abordagem a ela conferida afetam a dinâmica do tráfico de pessoas, da exploração sexual, dos abusos laborais, e o atendimento recebido pelas vítimas. O tráfico de pessoas é contextualizado em um cenário de fragilidade global, estabelecendo riscos adicionais relacionados à realidade migrante, à classe social, ao gênero e à idade, e adquirindo agravantes próprios em decorrência da covid-19, considerando-se a redução da investigação e da oferta de assistência aos afetados. As medidas de isolamento repercutem gravemente sobre tais indivíduos, na medida em que deixam de gerar lucros para seus algozes e permanecem em ambientes precários, em um cenário propício à exploração laboral e outras formas de violência. A exploração sexual passa a ser ainda mais clandestina, expondo a vítima a novas formas de pressão e à contaminação. A informação em saúde e a possibilidade de prevenção e tratamento é modesta ou inexistente para as pessoas traficadas, comumente apartadas das estratégias referentes à emergência sanitária, sem acesso aos protocolos de proteção, em meio à ausência de autonomia. Realça-se a necessidade de um modelo sociossanitário inclusivo, em constante observação às demandas relacionadas aos grupos marginalizados.
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