RESUMO Este artigo relata uma experiência de integração entre atividades de ensino, pesquisa e extensão através de Roda de Conversa em uma Unidade de Saúde da Família (USF),
Resumo: Introdução: O peer mentoring (mentoria entre pares) é um modelo em que o mentor é um discente mais avançado na graduação que acompanha um grupo de alunos iniciantes (mentes). No curso de Medicina da Ufersa, o programa tem como propósitos acolher os discentes durante o primeiro semestre e contribuir para o desenvolvimento pessoal e acadêmico do mentee, na sua integração ao ambiente acadêmico e na adaptação ao curso e ao método Problem-Based Learning (PBL). Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar a percepção dos mentees sobre sua experiência no peer mentoring e os possíveis benefícios no desenvolvimento pessoal e acadêmico, e na saúde mental do ingressante. Método: Foi realizada uma pesquisa exploratória, descritiva e com abordagem qualitativa, em que se entrevistaram 20 mentees que participaram do projeto nos períodos 2018.1 ou 2019.1. Os dados foram processados por meio da análise temática de conteúdo, constituída por três precípuas etapas: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados obtidos e sua interpretação. Resultado: Encontraram-se duas categorias: apoio emocional e social, e planejamento de estudos. Os entrevistados consideraram a experiência no peer mentoring positiva e assinalaram que o processo contribuiu para o desenvolvimento pessoal e/ou acadêmico deles. A diminuição do estresse e da ansiedade foi atribuída ao fato de haver um aluno veterano auxiliando no processo de transição ao ensino superior e um grupo de apoio entre pares. Os temas trabalhados nos encontros, as dicas dos mentores e as ferramentas apresentadas ajudaram no planejamento dos estudos, na seleção de prioridades e nas técnicas de otimização da aprendizagem. Conclusão: O projeto peer mentoring auxiliou os mentees em seu desenvolvimento e na adaptação e integração ao ambiente acadêmico, ao curso de Medicina e ao método PBL. Destarte, o apoio oferecido pelo projeto ao ingressante facilitou o processo de autogestão, promoveu o acolhimento e diminuiu a ansiedade, contribuindo também para a saúde mental do mentee.
Resumo: Introdução: Compreendendo a abordagem holística de saúde e considerando as desigualdades brasileiras, infere-se a discrepância dos estados de saúde entre grupos sociais, sobretudo no que concerne à população em situação de rua (PSR). Essas pessoas lidam com o desamparo institucionalizado, e a pandemia da Covid-19 expôs ainda mais essa situação. Quanto à formação dos profissionais de saúde, torna-se fundamental a abordagem do tema. Relato de Experiência: Com base na inclusão de experiências de docentes que articulavam ações de integração ensino-serviço com a equipe do Consultório na Rua de Mossoró, bem como a abordagem de temas relacionados às populações mais vulneráveis em eixo longitudinal ao curso, despertou-se o interesse dos discentes do curso de Medicina da Ufersa para ações direcionadas à PSR. Destarte, surge, em 2019, a ação “Saúde nas Ruas”, em parceria com o Consultório na Rua, que fornece suporte à PSR em diversos aspectos, com a participação dos alunos do curso de Medicina. A ação, proposta a partir de iniciativa dos próprios alunos, marcou o início do planejamento da inclusão do atendimento a essa população no programa do internato do curso, bem como a criação de um projeto de extensão longitudinal para ações voltadas à PSR. Nesse processo, os discentes puderam imergir na realidade dessa população, e os usuários tiveram autonomia para compartilhar suas experiências e dores. Discussão: Mediante uma formação acadêmica que visa romper com o modelo tecnicista, os estudantes possibilitaram voz à PSR e, compreendendo essas pessoas como sujeitos do processo, refletiram sobre o agir médico na transformação da realidade em que se inserem. Conclusão: O corpo acadêmico participante potencializou em si a empatia e o desejo por uma saúde pública democrática e acessível. Ficou evidente ainda a imprescindibilidade de trabalhar temas específicos sobre populações vulneráveis, com o objetivo de fortalecer a atuação médica como forma de garantir o direito à saúde.
Introdução: Os processos de adoecimento e saúde estão interligados desde o nível individual ao coletivo. Deve-se romper com fazeres tradicionais para alcançar uma dimensão mais integral, capaz de respeitar a subjetividade e o protagonismo do usuário. Objetivos: analisar as percepções dos usuários sobre a humanização na produção do cuidado em saúde na Estratégia Saúde da Família; identificar elementos que caracterizam práticas humanizadas e não humanizadas na produção do cuidado em saúde; e relacionar as percepções sobre humanização com as noções sobre clínica ampliada e participação social presentes na Política Nacional de Humanização. Métodos: pesquisa compreensiva-interpretativa (qualitativa), exploratória. Para construção dos dados foi utilizada a técnica de Grupo Focal juntamente com a Metodologia de Análise de Redes do Cotidiano (MARES), enquanto atividade interativa. Os dados foram analisados pela técnica de análise temática de conteúdo e interpretados a partir de aportes da Teoria da Dádiva. Resultados: as categorias encontradas relacionaram aspectos simbólicos e materiais: a qualidade dos circuitos de trocas; a responsabilização e o vínculo; o acolhimento enquanto escuta qualificada; a qualidade de comunicação e diálogo; o acesso e funcionamento da rede de serviços de saúde; a estrutura física e insumos; a ambiência para os espaços de cuidado. Conclusões: a humanização na saúde tem importância para o cuidado integral, reforçando movimentos humanescentes relacionados às práticas dos serviços de saúde. A participação dos usuários em um sistema de trocas recíprocas e positivas junto aos profissionais de saúde pode fazer circular a solidariedade no cuidar, com ressonância na qualificação do cuidado.
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