RESUMOForam utilizados 25 ratos (Rattus novergicus) submetidos a trauma experimental da medula espinhal, empregando-se aparelho estereotáxico com um peso de 50,5g comprimindo a duramáter durante cinco minutos. Após o trauma, os animais foram divididos em cinco grupos de cinco. O grupo A (controle) recebeu placebo oito horas após o trauma; os grupos B, C, D e E receberam prednisona oito, 24, 48 e 120 horas após o trauma, respectivamente. A prednisona foi administrada na dose inicial de 2mg/kg, durante cinco dias, com diminuição progressiva até o 26º dia. Os animais foram avaliados conforme a capacidade motora, posicionamento proprioceptivo, reflexo de localização, plano inclinado e sensibilidade dolorosa. Após 33 dias da cirurgia, foram sacrificados para avaliação histológica das medulas espinhais. Observaram-se degeneração das raízes nervosas, necrose medular, inflamação local e reação glial, sem diferenças entre os grupos. Não houve correlação entre os testes neurológicos. A utilização da prednisona na lesão medular aguda não teve efeito diferenciado com o tempo e não foi prejudicial na recuperação neurológica, mesmo quando utilizada tardiamente. Palavras
RESUMOForam utilizados 55 ratos machos da espécie Rattus novergicus, variedade Wistar, com o objetivo de propor um modelo experimental de trauma medular produzido por aparelho estereotáxico modificado, capaz de reproduzir clinicamente lesões medulares padronizadas. Após realização de laminectomia dorsal de T13, utilizou-se peso compressivo de 50,5g (25 animais -grupo I) ou 70,5g (30 animais -grupo II), durante cinco minutos, comprimindo a medula espinhal. Os animais foram assistidos durante oito dias, por meio de testes comportamentais para avaliar a sensibilidade dolorosa, a capacidade motora, o posicionamento tátil e proprioceptivo e a capacidade de manter-se em plano inclinado. No grupo I, observaram-se déficits neurológicos moderados e transitórios, que variaram entre os animais. No grupo II, foi possível obter um trauma padronizado, caracterizado por paraplegia bilateral e simétrica dos membros posteriores, perda de propriocepção e da sensibilidade dolorosa de todos os animais. A utilização do aparelho estereotáxico desenvolvido permite reproduzir clinicamente trauma medular padronizado em ratos, de maneira simples, econômica e satisfatória, o que poderá proporcionar avanços nas investigações terapêuticas, abrangendo doenças neurodegenerativas, como é o caso do trauma medular agudo. Palavras
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