RESUMO Objetivos investigar o itinerário terapêutico de crianças com microcefalia associada ao Zika na rede de atenção à saúde; e descrever a vivência das mães em relação ao itinerário percorrido para o tratamento de seus filhos. Método Estudo norteado pela História Oral Temática, realizado em instituição pública filantrópica do município de João Pessoa-Paraíba. Foram entrevistadas dez mães de crianças com microcefalia entre abril e agosto de 2017. O material empírico foi submetido à análise de conteúdo temática. Resultados Os profissionais de saúde têm dificuldade para definir o diagnóstico de crianças com microcefalia, e se encontram despreparados para informá-lo aos pais, comprometendo o itinerário terapêutico dessas crianças. As experiências das mães em busca de tratamento para seus filhos são marcadas por estresse, medo, decepção e pela frágil rede de apoio familiar, resultando em sobrecarga materna. Conclusão e implicações para a prática A reestruturação dos fluxos e contrafluxos da Rede de Atenção à Saúde às crianças com microcefalia e seus familiares torna-se imprescindível, assim como, o fortalecimento da rede de apoio às mães.
Objetivo: analisar a vivência materna com o Método Canguru no domicílio. Métodos: pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, realizada com 10 mães-cangurus egressas de uma maternidade de referência de uma capital do Nordeste do Brasil. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e submetidos à análise temática. Resultados: as mães vivenciaram sentimentos como medo e insegurança durante a etapa domiciliar do Método Canguru e afirmaram que são escassas as orientações fornecidas pelos profissionais de saúde e o apoio para o seguimento do método no domicílio. Conclusão: a vivência materna durante o Método Canguru no domicílio é permeada por desafios quanto ao cuidado ao recém-nascido, portanto, as mães necessitam de orientações claras em todas as suas etapas, bem como do apoio dos profissionais da Estratégia Saúde da Família e de familiares, para dar continuidade ao método e, assim, reduzir a morbimortalidade infantil.
RESUMO Objetivo Compreender a continuidade da terceira etapa do Método Canguru na perspectiva de mães e profissionais de saúde. Método Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório-descritivo, realizado em Unidades de Saúde da Família e nos domicílios de mães canguru em uma capital do nordeste brasileiro. Foram entrevistados doze profissionais de saúde e dez mães-canguru. O material empírico foi submetido à análise temática. Resultados Emergiram duas categorias temáticas: (Des)conhecimento acerca do Método Canguru e suas ações para a continuidade da terceira etapa; e Entraves à continuidade da terceira etapa do Método Canguru. Conclusão e implicações para prática Identificou-se o ínfimo conhecimento dos profissionais e das mães acerca do Método Canguru, ausência de capacitação dos profissionais da atenção primária, lacuna na comunicação entre a atenção primária e terciária. Há descontinuidade do cuidado à criança e mãe-canguru após alta hospitalar, pois os profissionais da atenção primária não estão sendo copartícipes no acompanhamento. Conhecer a realidade da terceira etapa do método canguru viabiliza o planejamento de estratégias para superar as dificuldades existentes para continuidade do método e assim ofertar um cuidado qualificado e integral ao binômio mãe-bebê canguru.
Objective: To learn the experiences of mothers of infants who were born premature in the Covid-19 pandemic. Method: Qualitative study based on the Bioecological Theory of Human Development, developed in a public maternity hospital in Paraíba, Brazil, between June and July 2020 with 21 mothers of infants who were born premature, through semi-structured interview. The data were submitted to inductive thematic analysis. Results: Mothers know the measures for prevention, transmission, and symptoms of the disease, as reported in the media, but have different perceptions about social isolation. Their experiences were permeated by financial difficulties, reduced social support and emotional stress. Final considerations: It is recommended to monitor child health and provide social support to the mother-child binomial remotely, so that there is no break in the continuity of the bond and care for the family in this moment of vulnerability.
Resumo Objetivo O estudo objetivou compreender as repercussões da pandemia da Covid-19 no cuidado de lactentes prematuros, na perspectiva de mães e profissionais de saúde. Método Foram realizadas entrevistas semiestruturadas nos meses de junho e julho de 2020, por meio de ligação telefônica, com 14 mães e quatro profissionais de saúde do serviço de follow-up de uma maternidade pública da Paraíba, Brasil. Resultados A partir da análise temática indutiva, os impactos da pandemia no cuidado ao lactente nascido prematuro, foram: sobrecarga e afastamento dos profissionais dos serviços de saúde, desativação temporária da unidade mãe canguru, descontinuidade da assistência ao prematuro, medo materno de expor a criança à Covid-19 e baixa condição socioeconômica. Foram elencadas estratégias de enfrentamento para o cuidado dos lactentes durante a pandemia, como: maior espaçamento das consultas, acompanhamento por meio telefônico e cumprimento das medidas de biossegurança. Conclusão e implicações para a prática A pandemia exigiu adaptações na assistência, tornando necessárias novas formas de cuidado a essas crianças, como exemplo, as consultas de acompanhamento remotas, a fim de garantir o seu direito à vida e saúde.
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