Este ensaio objetiva expor acerca do lugar ocupado pelo Brasil no processo de acumulação do capital em tempos de crise, contextualizando-se o golpe político de 2016, que destituiu a presidenta eleita democraticamente e instalou um governo reformista para viabilizar as estratégias ilusório-utópicas do capital internacional norte-americano. A abordagem aqui proposta parte de análises à luz do materialismo histórico-dialético, as quais possibilitam a apreensão do real para além do visível imediato e de revisões bibliográficas e documentais de autores que realizam a crítica à sociedade capitalista. O estudo apoia-se em Marx e em autores que têm analisado o processo de acumulação do capital, a reestruturação produtiva, as crises do capitalismo e a situação atual da classe trabalhadora, e em documentos produzidos a partir do contexto político-socioeconômico desse momento da história brasileira. A investigação revelou, que o golpe que resultou na barbárie contra os mais pobres e a classe trabalhadora por meio de reformas no aparelho do Estado brasileiro, disseminando como uma ilusão de prosperidade econômica, na verdade condicionou a classe trabalhadora a diversos níveis de precarização do trabalho, seja jogando os trabalhadores na informalidade ou legitimando a exploração do trabalho. A ilusão de utopias do mercado resultou, por fim, no aumento do desemprego, na precarização do trabalho e na destruição dos direitos sociais e trabalhistas, além do avanço dos processos de privatização.
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