Introdução: A pessoa transgênero traz demandas de saúde para além das questões da transexualidade, como o acompanhamento por patologias do trato genital e das mamas, sendo necessário um atendimento de qualidade que garanta seus direitos, desde o nome social ao respeito à sua individualidade. Objetivo: Relatar o atendimento ao homem transgênero, analisar o perfil dos indivíduos que chegam ao serviço de referência em um hospital universitário e identificar suas demandas de saúde. Metodologia: Trata-se de estudo transversal quantitativo que analisou prontuários de 40 pacientes por meio de questionário com informações de triagem e de aspectos da sexualidade. Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 25,6 anos. Treze pacientes apresentaram histórico de transtorno psiquiátrico. Cinco deles trouxeram relatos de violência, sendo mais recorrente a violência sexual. Em relação à vida sexual, um não teve a sexarca e 57,5% tinham práticas sexuais penetrativas. Sobre o processo transexualizador, 2 pacientes tiveram acesso à mastectomia masculinizante, 1 à histerosalpingooforectomia bilateral e 17 têm interesse em realizar as cirurgias. Conclusão: Foi notável que os homens trans têm demandas além do atendimento ginecológico e do processo transexualizador, que necessitam ser atendidas e identificadas por profissionais de saúde capacitados e livres de preconceitos.
Objetivos: estudar os casos de restrição de crescimento fetal (RCF), idade gestacional e o estágio de Gratacós em que são diagnosticados, os fatores maternos associados e os resultados neonatais obtidos. Metodologia: Revisou-se 134 prontuários das mães de recém-nascidos vivos com diagnóstico de RCF e com peso menor que 2700 gramas de janeiro de 2018 a abril de 2019 na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), excluiu-se os casos de malformação congênita, infecção congênita e gemelaridade. Variáveis foram analisadas pelos testes de Pearson, t-student, qui-quadrado do programa estatístico da STATA 11, considerando significância 0,05. Resultados: A RCF foi dividida de acordo com a idade gestacional no parto em dois grupos: Grupo A a termo: os que a idade gestacional no parto foi maior ou igual a 37 semanas; Grupo B pré-termo: os que a idade gestacional no parto foi menor que 37 semanas. O diagnóstico da RCF aconteceu em torno de 34 semanas e geralmente associada a doença hipertensiva materna. O parto ocorreu uma semana depois. A maioria (62%) dos partos foram prematuros. A grande maioria dos casos se encontravam nos estágios I de Gratacós, 98% e 91,6% dos casos dos grupos A e B, respectivamente. A RCF precoce, abaixo de 32 semanas, ocorreu em 26,5% dos partos prematuros (grupo B). Conclusão: A maioria dos casos de RCF ocorreu em primíparas, jovens, com média de 28 anos de idade e inicialmente normotensas. A hipertensão e a prematuridade foram dois fatores complicadores nos resultados perinatais.
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