Introdução: A síndrome de Pickardt-Fahlbusch, muito rara, encontra-se no grupo das síndromes endócrinas de interrupção da haste hipofisária, resultando no hipotireoidismo terciário. A fisiopatologia não está totalmente elucidada, sugerindo alterações de ordens cromossômicas. Apresentação do caso: Paciente com 13 anos, sexo feminino, natural do Gama - DF, deu entrada no pronto socorro do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) com rebaixamento do nível de consciência associado a hipoglicemia grave, apresentando melhora após reversão da hipoglicemia. Discussão: Observa-se uma maior prevalência da síndrome de Pickardt-Fahlbusch no sexo masculino, com sintomas de hipotireoidismo grave bem presentes, necessitando realizar exames complementares: laboratoriais e de imagens. Afastadas outras causas e realizado diagnóstico, deve iniciar precocemente as medidas terapêuticas, reduzindo os efeitos e complicações da ausência dos hormônios tireoidianos principalmente na faixa etária pediátrica. Outras características também podem vir acompanhadas, mascarando o diagnóstico, já que alteração ocorre a nível de haste hipofisária, o que induz outras sintomatologias. Conclusão: É imprescindível, diante das várias características apresentadas, entender e estudar mais sobre a síndrome de Pickardt.
Introdução: Exostose múltipla hereditária (EMH) corresponde ao distúrbio hereditário musculoesquelético do crescimento ósseo intracondral. Caracteriza-se pela presença de saliências ósseas recobertas por cartilagem hialina em duas ou mais regiões metafisárias, formando, dessa forma, os osteocondromas. Estes ocorrem devido ao ativo crescimento e multiplicação celular no local. A EMH representa 40% dos tumores ósseos benignos e 10% de todos os tumores ósseos. Apresentação do caso: FAP, sexo masculino, 60 anos, com queixa de tumoração em joelho esquerdo, lateralmente à patela, há cerca de 10 anos. Relatou crescimento lento e indolor. Ao exame físico notou-se abaulamento de 8 cm longitudinal x 6 cm transversal x 3 cm anteroposterior, aderido ao plano ósseo patelar, endurecido, sem sinais flogísticos e que à movimentação acompanhava a patela em flexo-extensão do joelho esquerdo, ou seja, sem limitação de amplitude de movimento do membro em questão. Paciente apresentava-se estável e sem outras queixas. Realizou exames de imagem que evidenciaram tumoração óssea localizada no polo inferior da patela do joelho esquerdo, de caráter osteocartilaginoso, sugestivo de artrose nesta região. Foi orientada ressecção por abordagem cirúrgica, que sucedeu sem intercorrências, e o anatomopatológico confirmou diagnóstico de osteocondroma patelar sem sinais de malignidade. Discussão: As exostoses ou osteocondromas, nas proximidades das placas de crescimento ósseo, ocorrem mais comumente nas porções justa-epifisárias dos ossos longos, principalmente no fêmur distal, tíbia proximal, fíbula e úmero. A sintomatologia inclui dor persistente, causada pela pressão nos tecidos vizinhos, por distúrbios da circulação sanguínea ou raramente por compressão da medula espinhal. O diagnóstico é feito através do exame físico e exames de imagem. A EMH pode causar complicações, sendo que a mais grave é a malignização em condrossarcoma, que pode ocorrer em até 3,9% dos pacientes. Quanto ao tratamento, na presença de características clínicas ou radiológicas suspeitas, deve ser realizada a ressecção cirúrgica em bloco e a correlação histopatológica. Conclusão: Na EMH, a maioria das lesões são benignas, entretanto podem cursar com malignização e suscitar repercussões consideráveis na qualidade de vida dos indivíduos afetados. O diagnóstico é elementar, aprimorado no exame físico e radiológico, geralmente detectado na primeira década de vida e deve ser realizado precocemente a fim de evitar maiores complicações.
Introdução: A doação de órgãos representa enorme potencial de salvar inúmeras vidas, porém, 40% dos familiares de falecidos por morte encefálica ainda negam a doação. Isso ocorre devido ao processo de luto e à falta de esclarecimento sobre o tema, impactando negativamente o número de doadores e ampliando as filas de espera. É, portanto, essencial conscientizar a população quanto à importância da doação de órgãos. Objetivo: Relatar a experiência da Campanha de Doação de Órgãos como método inovador e transformador importante conscientização da população e ao incentivo à doação de órgãos. Métodos: Trata-se de estudo descritivo, que objetiva relatar a experiência de acadêmicos do curso de graduação de medicina da universidade PUC-Campinas, durante a organização e participação da Campanha de Doação de Órgãos. Resultados: O Comitê PUC-Campinas da Federação Internacional da Associação de Estudantes de Medicina do Brasil (IFMSA Brazil), em parceria com a Organização de Procura de Órgãos e o Parque Dom Pedro Shopping realizaram, em 19 de maio de 2018, uma campanha na praça de alimentação do Shopping em Campinas. Foi oferecida capacitação prévia aos voluntários por meio de depoimentos e palestra multidisciplinar. O público foi abordado individualmente e de forma dinâmica, através da entrega de fichas que simulavam o número de expectantes em filas de transplante no Brasil. Desse modo, buscou-se induzir a curiosidade sobre o assunto, esclarecer dúvidas e informar quanto à possibilidade de se declarar doador de órgãos, estimulando o diálogo com familiares a respeito do tema. Como feedback, o público informou acerca de conversa prévia sobre ser doador e do desejo de sê-lo, após o evento. Foram abordadas 422 pessoas, sendo que pouco mais de um terço (35,3%) destas nunca havia discutido sobre doação de órgãos e, após o evento, quase a totalidade (94,5%) demonstrou desejo de ser doador. Dentre 25 voluntários, nenhum havia participado de atividade sobre o tema e 24 consideraram-se aptos a orientar terceiros, após a capacitação. Conclusão: A Campanha atuou sobre grande público e fomentou a conscientização de acadêmicos e dos participantes, e o incentivo ao diálogo, a fim de evitar que limitantes preveníveis como a falta de informação ou compreensão do tema impeçam o avanço das doações de órgãos, designificativa demanda.
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