O objetivo do trabalho foi avaliar o uso de solventes verdes na extração de compostos fenólicos da casca de abacate. Foram testados 7 solventes: 1) etanol (100%); 2) etanol (50%) + água destilada (50%); 3) água destilada (100%); 4) ácido lático (100%); 5) ácido lático (50%) + água destilada (50%); 6) glicerina (100%); 7) glicerina (50%) + água destilada (50%). Para os testes foram usadas aproximadamente 5 gramas de casca de abacate e 100 mL do solvente testado. Para extração dos compostos fenólicos totais, a água + glicerina (50%) apresentou maior potencial de extração com 609,9 mg EAG/L, havendo variação de aproximadamente 45% em relação ao solvente com menor rendimento (333,9 mg EAG/L) obtido com etanol 100%. Para DPPH, o etanol (100%); ácido lático (100%) e ácido lático (50%) + água (50%); apresentaram diferença estatística (p<0,05) dos demais solventes. O ácido lático (100%) e ácido lático (50%) + água (50%) apresentaram maiores valores (1,156 mg EAG/L), seguido do etanol (100%) com 1,129 mg EAG/L. Entretanto, o etanol (50%), glicerina (50%), água (100%), etanol (100%) e ácido lático (50%) apresentaram melhor desempenho na estabilidade do radical ABTS+. Desta forma, pode-se conclui que a glicerina 50% é mais indicada para extração dos compostos fenólicos da casca de abacate e também da atividade antioxidante utilizando o método ABTS e DPPH. A interação entre tempo de extração e solvente apresentam efeito na proporção dos compostos extraídos, sendo, a glicerina 50% demostrou melhores resultado para a extração de compostos fenólicos presentes na casca de abacate.