No transcorrer da história, pensadores e cientistas buscaram compreender as emoções, o comportamento e sua ligação com estruturas cerebrais e funções fisiológicas. Apesar da complexidade do encéfalo nas diferentes espécies, algumas ações cerebrais são comuns a todos os mamíferos, como as ocasionadas pelo medo. Este foi detalhadamente mapeado, evidenciando a existência de circuitos neurais específicos para o comportamento emocional. O medo possui dois circuitos distintos, um para o estímulo condicionado e outro para o incondicionado. O medo condicionado, também conhecido como medo aprendido, é desencadeado por estímulos que antecipam acontecimentos aversivos previamente vivenciados pelo animal, através de adapta-ções ou situações no ambiente no qual está estabelecido. Já o medo incondicionado, não derivado de experiências vividas anteriormente, conduz para o comportamento de fuga e/ou ataque na presença de um perigo real existente, a fim de livrar-se de uma situação ameaçadora. Embora as mesmas estruturas neurais estejam envolvidas, as vias utilizadas nesse mecanismo são distintas. Estes tópicos são abordados mais detalhadamente nesta revisão bibliográfica.
O presente trabalho teve por objetivo dissertar sobre os aspectos atuais acerca do processo de envelhecimento, bem como da síndrome da disfunção cognitiva canina. O processo de envelhecimento cerebral nos cães se caracteriza por alterações como atrofia cortical, mineralização meníngea, lesões perivasculares, angiopatia amiloide cerebrovascular, perda de neurônios, desmielinização, acúmulo de placas senis, danos oxidativos, entre outras. Devido à degeneração patológica que ocorre no cérebro, as alterações comportamentais são os primeiros sinais de declínio cognitivo em cães geriátricos. Desse modo, a síndrome da disfunção cognitiva (SDC) é reconhecida como uma doença neurodegenerativa que acomete animais a partir dos seis anos de idade, sendo seriamente subdiagnosticada, pois os tutores omitem as mudanças comportamentais de seus animais nas consultas veterinárias, acreditando que estas são alterações normais relacionadas ao envelhecimento. Outro fator importante é a falta de questionamento dos médicos veterinários quanto a mudanças que indicam declínio cognitivo. O diagnóstico é complexo e pode envolver exames de imagem, laboratoriais, aplicação de questionários específicos para alterações comportamentais, além da exclusão de outras enfermidades. O tratamento consiste na utilização de fármacos, enriquecimento ambiental, alteração no manejo e na dieta, objetivando retardar a evolução da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente.
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