Objetivamos analisar o estado corrente de produções sobre a formação do psicólogo nas bases SciELO e PePSIC, segundo uma revisão sistemática de 118 artigos, categorizados conforme ano, periódico, autoria, filiação, região, tipo de pesquisa, método e tema. Os resultados demonstram: aumento de produções nesta década; concentração de publicações na revista Psicologia: Ciência e Profissão; ampla variedade de autores e filiações, com proeminência de produções no sudeste; preponderância de metodologias empíricas que usam análise documental; prevalência de temáticas relacionadas à formação acadêmico-científica. Indicamos que existe uma dispersão sobre o que seria formação do psicólogo. Há muitos estudiosos que fazem incursões pontuais sobre o tema. Necessita-se de mais discussões sobre a formação nos interiores brasileiros, que atualmente concentram a maioria de alunos matriculados. Concluímos com um questionamento sobre as diferenças formativas de um psicólogo graduado na capital daquele educado em uma instituição interiorizada.

Esta pesquisa objetiva compreender a experiência de formação em Psicologia, com base nos relatos de estudantes situados em universidade interiorizada no Estado da Bahia. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas com seis discentes concludentes do curso de Psicologia. Posteriormente, analisaram-se os dados por meio do método fenomenológico empírico de Amedeo Giorgi. Foram estabelecidas três categorias relacionadas às experiências anteriores ao ingresso no curso de Psicologia, às experiências do processo de tornar-se psicólogo e às implicações do processo de interiorização na experiência formativa. A partir dos resultados obtidos, observou-se que as experiências dos alunos abordaram similaridades em variados âmbitos, tais como: suas aspirações quanto ao ingresso; suas percepções e motivações sobre o curso de Psicologia ao longo do percurso formativo, sobretudo na fase de estágio profissionalizante; identificação das potencialidades e adversidades oriundas do processo de interiorização. Conclui-se com questionamentos sobre os contrastes e as singularidades formativas entre instituições situadas no interior e sediadas nas capitais, além de sugerir outras pesquisas em cursos de Psicologia e programas de acesso ao ensino superior alocados em instituições privadas.