Conceitos como interpretabilidade e valoração de traços-φ (Chomsky, 2001; Pesetsky and Torrego, 2007) têm desempenhado um papel central no estudo dos universais linguísticos. Neste respeito, em português padrão, assim como em outras línguas românicas, os pronomes possessivos carregam traços não interpretáveis de número, que são valorados via concordância nominal. No entanto, certos dialetos do português do Brasil (PB) mostram que o possessivo de 2.a pessoa, principalmente em posição posposta, não concorda em número com o nome. Por exemplo, no dialeto mineiro, um N no singular pode coocorrer com possessivo no plural, que se refere à 2.a pessoa do plural (‘de vocês’). Do mesmo modo, um N no plural pode coocorrer com possessivo no singular, que se refere à 2.a pessoa do singular. Para explicar esses fatos, argumentarei que, nesta gramática, os traços de número no possessivo de 2.a pessoa são (i) traços da pessoa e não do nome e são (ii) interpretáveis. Com base na primeira formulação, prediz-se que ‘seu’ seja o possessivo de 2.a pessoa do singular, e ‘seus’ do plural. Com base na segunda formulação, não se desencadeia concordância em número no possessivo. Além disso, seguindo Danon (2011) e Norris (2014), argumentarei que os cardinais dividem DPs do PB em dois domínios, sendo que os sintagmas situados acima de NumP são marcados com o morfema de plural em concordância nominal, enquanto os situados abaixo de NumP são impedidos de terem esta marca. Assim, pelo fato de o possessivo pré-nominal estar antes do cardinal, ele é obrigatoriamente marcado com o morfema de plural, enquanto o possessivo pós-nominal não tem esta marca. Livre da marca morfológica de concordância nominal, o possessivo pós-nominal de 2.a pessoa favorece a reanálise do ‘-s’ como indicador do número da pessoa.

This paper examines exclamatives and interrogatives containing the whdeterminer 'ques' in dialectal Brazilian Portuguese. As opposed to standard BP, in these structures, 'que' is the only constituent of the DP marked for plural. In order to explain these facts, I will propose an analysis that accounts for the CP/DP-internal hierarchy as well as the DP-internal distribution of the plural morpheme.

No abstract

<p>This research investigates nominal concord in structures of non-standard Brazilian Portuguese (BP) where <em>cada</em> is inflected with the plural morpheme <em>-s</em> while the phrases following it may not bear any plural marking. In order to account for this, I will consider that cardinals and silent nouns work as a boundary dividing the DP into two domains such that phrases to their left are marked with the plural morpheme while phrases to their right are unmarked, a pattern found across languages. Additionally, I will argue that DPs with <em>cadas</em> have a silent noun SET and that this silent noun conveys a set reading as well as valued plural features. In this case, <em>cada</em> is interpreted as either ‘such’ or ‘every’ rather than ‘each’ and is followed by a noun or a cardinal ≥ 2 (plus a noun). Accordingly, because <em>cadas</em> precedes SET, it is marked with <em>-s</em>. This plural silent noun is followed by a preposition, which allows its embedded NP to be singular.</p>

The Tile Calorimeter (TileCal) is a sampling hadronic calorimeter and an essential part of the ATLAS experiment at the LHC. Plastic scintillating tiles are the active material. The light produced in the scintillators is transmitted to the photomultiplier tubes by wavelength shifting fibres. During the High Luminosity LHC (HL-LHC) programme, the luminosity can reach a value several times higher than the one that TileCal was designed for. Two critical points that affect the detector performance are the increased exposure to radiation that does degrade the TileCal optics and natural ageing. Since the optical components of the TileCal cannot be replaced, the radiation hardness must be evaluated. The Laser and Cesium calibration systems are used to evaluate the robustness of the TileCal optical components. These systems combined allow to isolate the response of the tiles and fibres and evaluate the evolution of the light yield with the dose. Run 2 calibration data were analysed, indicating that cells in layer A, and B11 and C10 cells have lost about 5% of light yield. No significant changes were found for the other cells. This study constitutes an essential step for predicting the calorimeter performance in future HL-LHC runs. Nevertheless, the extrapolation uncertainty is large so more data needs to be explored to reach better precision on such extrapolation.