Resumo A concepção de infância modificou-se de acordo com as estruturas econômicas e de poder da sociedade, assim como os valores que influenciam o cuidado das crianças e dos adolescentes. Com o neoliberalismo, os direitos constitucionais reduziram-se, os valores defendidos na Constituição desvalorizaram-se, e as Organizações da Sociedade Civil tornaram-se as responsáveis pela atenção a essa população. Este trabalho tem como objetivo analisar como os valores e a formação profissional influenciam na promoção da saúde no atendimento a crianças e adolescentes em uma Organização da Sociedade Civil de Florianópolis, Santa Catarina. A pesquisa, realizada em 2018, utilizou abordagem qualitativa com entrevistas semiestruturadas e análise temática. Os resultados foram organizados em duas categorias: Formação profissional: ultrapassando o tecnicismo em busca da promoção à saúde; e Educação moral, valores e cidadania: a promoção da saúde na contramão dos valores neoliberais. É fundamental a discussão sobre a formação profissional em busca de um cuidado mais humanizado na universidade de modo a promover indivíduos críticos e com capacidade de refletir, transformar e recriar o seu trabalho. Além disso, a educação moral e a promoção da saúde buscam elementos para transformação do status quo que vai além das práticas médicas e engloba a promoção da cultura da paz e de direitos humanos e à emancipação do ser humano.
Apostar em práticas dialógicas de Educação Popular em Saúde com os profissionais que atuam em organizações da sociedade civil se torna um caminho necessário para assegurar a promoção da saúde de crianças e adolescentes em vulnerabilidade. O objetivo deste trabalho é refletir sobre estratégias para potencialização da promoção da saúde para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade em uma organização da sociedade civil. O estudo foi realizado por meio dos Círculos de Cultura, de Paulo Freire. Foram elaboradas quatro propostas no Círculo de Cultura, que incluem a participação democrática das crianças na escolha e no cuidado do ambiente físico, a criação de espaços de convivência e interação e a participação da comunidade. As reflexões assumiram um caráter político e educativo de formação de cidadãos democráticos, de respeito às diferenças, de desenvolvimento da autonomia, caminhando em direção à promoção da saúde.
After the redemocratization, partnerships between the State and civil-society organizations have been guaranteed by the Constitution as a democratic tool. With the rise of neoliberalism and the decrease in State investments in social policies, such organizations have become protagonists in the health care, education, and protection of children in vulnerable situations. This study aims to analyze health promotion in the care for children and adolescents in a Civil-Society Organization (CSO) in Florianopolis-SC, Brazil. This is a case study with a qualitative approach in which semi-structured interviews were conducted, transcribed and analyzed using the thematic analysis method. The analysis resulted in two empirical categories: (1) Weaving networks between the State and Civil Society: intersectorality in health promotion; and (2) CSOs and the paths and deviations in pursuit of emancipatory health promotion. The analysis showed that, although CSOs include several health promotion initiatives for children and adolescents, intersectoral work still lacks effectiveness. Moreover, for emancipatory health promotion, it is necessary to work towards community empowerment and education for critical and social reflection.
Este trabalho foi desenvolvido a partir da vivência de uma residente, em um hospital público, no cuidado de crianças vítimas de violência onde o amor e o brincar sempre integraram a composição do tratamento da saúde. O estudo tem como objetivo refletir sobre como o amar e o brincar inseridos na produção do cuidado hospitalar, podem favorecer a humanização desse atendimento às crianças vítimas de violência. As reflexões deste estudo foram construídas a partir do resgate da Política Nacional de Humanização e de aspectos etimológicos do termo humanização, das reflexões filosóficas propostas por Humberto Maturana em sua obra ‘Amar e Brincar: Fundamentos esquecidos do Humano, e dos registros em diário de campo durante o percurso da pesquisa que será compartilhado por meio de um caso. Percebe-se, nesta trajetória, a potência, os desafios e os paradoxos existentes na inserção do amor e do brincar na produção do cuidado em saúde especialmente no contexto hospitalar.
O objetivo do estudo foi verificar a relação entre tempo de prática da corrida de rua com a lombalgia, o encurtamento muscular e a postura da coluna lombar, e identificar se o tempo de prática influencia a postura da coluna lombar, o comprimento muscular de músculos extensores do quadril e da cadeia posterior. Trinta corredores de rua com idades entre 18 a 80 anos, divididos em três grupos (iniciantes, intermediários e avançados), foram avaliados quanto: à presença de lombalgia – a partir de um questionário; ao comprimento muscular de isquiotibiais – a partir da mensuração da amplitude de movimento (ADM) da flexão do quadril; ao comprimento muscular da cadeia posterior - mensuração da distância entre os dedos da mão e o solo; e ao ângulo da lordose lombar – utilizando o instrumento flexicurva. Os dados foram analisados por ANOVA one-way e pelo teste de correlação de Spearman (a<0,05). Não houve correlação entre queixa de dor e comprimento de isquiotibiais, comprimento da cadeia posterior e ângulo da lordose lombar. Foi encontrada correlação significativa entre comprimento de isquiotibiais e comprimento da cadeia posterior somente para o grupo intermediário. A literatura não apresenta consenso quanto à relação entre flexibilidade de isquiotibiais e lombalgia, bem como entre a queixa de dor lombar e o ângulo da coluna lombar, da mesma forma que o atual estudo. Verificamos que a prática da corrida não teve influência na dor e nos encurtamentos musculares, independentemente do tempo de prática.
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