Realiza um mapeamento e uma avaliação, de caráter mais quantitativo-descritivo, da produção do conhecimento sobre o tema da Educação Física Escolar nas últimas três décadas. Utiliza nove periódicos da área como fonte dessa investigação. Constrói algumas (sub)categorias para a análise da produção, o que permite identificar quais temáticas predominam ao longo dos anos e como elas se distribuem nas diferentes revistas estudadas. Conclui com reflexões sobre o levantamento realizado, lançando algumas hipóteses iniciais para entender a configuração encontrada.
Investiga o desinvestimento do professor de Educação Física (EF) em relação à sua função pedagógica, utilizando a metodologia da história de vida e o estudo de caso etnográfico. Estuda também elementos envolvidos na produção de uma cultura escolar. Os dados produzidos são analisados a partir de três categorias: a) a EF como componente curricular: a escola também desinveste? b) a dificuldade de operar a mediação entre a teoria e a prática; c) o esporte como conteúdo das aulas de Educação Física.
Resumo: Nesta segunda parte do estudo, apresentamos uma análise da produção do conhecimento sobre Educação Física Escolar veiculada em quatro dos principais periódicos brasileiros: Movimento, Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Motrivivência e Pensar a Prática. As análises centraram-se nas três categorias identificadas na primeira parte desta publicação, quais sejam: Fundamentação, Intervenção e Diagnósticos. Foram discutidas as principais problematizações, orientações teóricas, perspectivas metodológicas que norteiam os estudos publicados, bem como o que eles apontam a partir dos resultados como perspectivas e indicações. Destacamos nas conclusões a crescente pluralidade das abordagens teóricas (após um período inicial – década de 1980 – de grande predomínio da perspectiva marxista), um maior equilíbrio entre estudos ensaísticos e pesquisas empíricas (após, também, grande predomínio dos ensaios) e, ainda, a presença e a influência, agindo como pano de fundo da produção do conhecimento sobre esse tema, do chamado Movimento Renovador da Educação Física brasileira.
IntroduçãoEste texto objetiva apresentar e discutir a teoria do reconhecimento social de Axel Honneth (2003, 2007 Motriz, Rio Claro, v.18 n.1, p.120-129, jan./mar. 2012 Artigo Original Resumo: Este artigo pretende discutir a teoria do reconhecimento social de Axel Honneth, objetivando explicitar o potencial dessa teoria para melhor compreender as relações intersubjetivas construídas na cultura escolar e o processo de construção das identidades dos professores de Educação Física. A condição de "segunda classe" da Educação Física na escola implica que a luta por reconhecimento se constitua num elemento fundamental da construção das identidades dos professores da área, uma vez que o sentido de "ser" professor de Educação Física tem uma relação estreita com as condições de reconhecimento da área/disciplina na escola. Palavras-chave: Educação Física. Reconhecimento. Ensino.
A inovação e o desinvestimento pedagógico na Educação Física escolar: uma leitura a partir da teoria do reconhecimento social
Pedagogical innovation and divestment in school physical education: a social recognition theory-based approachAbstract: This article aims at discussing Axel Honneth's theory of social recognition in order to highlight this theory's potential to better understand the intersubjective relationships built in school settings, as well as the construction of physical education teachers' identities. The "second class" status of physical education means that the fight for recognition should represent a fundamental element in the construction of these teachers' identities, as the sense of "being" a physical education teacher is closely related to the conditions for recognizing this subject/field in schools.
Este estudo buscou compreender o desenvolvimento do trabalho docente da Educação Física (EF) nas instituições de educação infantil dos municípios da Grande Vitória /ES, bem como analisar as relações que estabelecem com as políticas educacionais oficiais, os saberes da área da EF contidos nesses documentos e o ensino de conteúdos referente à educação para as relações étnico-raciais na infância. A pesquisa foi metodologicamente orientada pela Análise da Atividade com base na Ergologia (Schwartz, 2000; Schwartz e Durrive, 2007). Os resultados apontam um distanciamento das/os professoras/es em relação às diretrizes oficiais da educação infantil e aos conteúdos étnico-raciais. Por outro lado, os/as docentes aproximam-se dos saberes experienciais ligados às suas histórias de vida e à infância.
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