The Adamantina Formation (Bauru Group), between Lucélia and Irapuru municipalities (northwestern São Paulo State, southeastern Brazil), has been in the last years a very important area for collecting Upper Cretaceous fossil vertebrates. So far, the main groups recovered include Testudines, Crocodyliformes and Dinosauria (Theropoda and Titanosauria). The fossil material is usually disarticulated and fragmented and was collected from very fine-grained sandstones, with muddy matrix and cross-stratification and lamination. Testudines are represented by fragments of carapaces and plastrons. Crocodyliformes are composed only of fragmented osteological remains and isolated teeth. Maniraptora is especially represented by isolated teeth, allowing the identification of the Dromaeosaurinae, Velociraptorinae and Troodontidae clades, in addition to some probable endemic groups. Titanosauria is the most representative and abundant group in these fossil localities, however materials are mainly fragments of ribs and some appendicular bones, without diagnostic osteological elements, like caudal vertebrae. The lithological characteristics of the outcrops suggest a paleoenvironment of braided rivers, in an arid climate, with few vegetation cover.
Entre os táxons de Crocodyliformes do Grupo Bauru (Neocretáceo), grande quantidade de morfótipos, incluindo materiais cranianos e pós-cranianos, vem sendo descrita em associação a Baurusuchus pachecoi. Porém, a falta de estudos ontogenéticos, como os realizados para Mariliasuchus amarali, levou à atribuição de novos gêneros e espécies aos poucos crânios completos encontrados. A presente contribuição traz a descrição de um espécime juvenil de Baurusuchidae depositado no acervo do Museu de Ciências da Terra no Rio de Janeiro sob o número MCT 1724 - R. Trata-se de um rostro e mandíbula associados e em oclusão, com o lado esquerdo melhor preservado que o direito, e dentição zifodonte extremamente reduzida. O fóssil possui 125,3 mm de comprimento preservado da porção anterior do pré-maxilar até a extremidade posterior do dentário; 117,5 mm de comprimento preservado do pré-maxilar aos palatinos e altura lateral de 51,4 mm. Entre as informações de caráter ontogenético identificadas destacam-se: ornamentação suave composta de estrias vermiformes muito espaçadas e largas, linha ventral do maxilar mais reta, dentário levemente inclinado dorsalmente na porção mediana e sínfise mandibular menos vertical que em outros baurussúquidos de tamanho maior. A maioria das características rostrais e dentárias, diagnósticas para Baurusuchus pachecoi, foi identificada no exemplar MCT 1724 - R: rostro alto e comprimido lateralmente, além de dentição zifodonte com forte redução dentária, que culmina em quatro dentes pré-maxilares e cinco maxilares. Portanto, como não pode ser separado morfologicamente da espécie-tipo do gênero e tendo sido encontrado em afloramentos da Formação Adamantina, é possível identificá-lo como um juvenil de Baurusuchus cf. pachecoi. Mudanças que podem ser observadas gradualmente dos morfótipos menores para os maiores, de caráter ontogenético, são: um aumento da ornamentação craniana; a porção mediana/posterior da linha ventral do maxilar passando de reta para côncava; e a verticalização da linha da sínfise mandibular para próximo de 45º.
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