O estudo objetivou verificar se há associação entre os Principais Assuntos de Auditoria (PAA), item do Novo Relatório do Auditor, e o resultado do exercício (lucro/prejuízo) das entidades que compõem o índice IBRX 100, para 2016 e 2017. A pesquisa é oportuna, dado que as mudanças propostas pelas novas normas ocorreram em 2016 e que, portanto, o tema ainda foi pouco explorado no Brasil. Ademais, baseado em Hopwood et al. (1989) e na Teoria da Agência, espera-se contribuir para a literatura identificando se determinados assuntos apontados como PAAs podem predizer insolvência – ou seja, se há relação desses especificamente com o prejuízo das empresas. Por meio de análise de correspondência, identificaram-se 26 categorias de PAAs e os testes de robustez indicaram três PAAs associados a prejuízo: Tributos, Riscos e fraudes ligados a processos e Reorganização Societária. Tais categorias, portanto, poderiam configurar as “bandeiras vermelhas” de Hopwood et al. (1989), sendo indicativos de insolvência e/ou falência para empresas que apresentaram tais PAAs. Ademais, tais resultados contribuem para o entendimento sobre o julgamento profissional dos auditores, sendo que PAAs sobre Tributos, Riscos de Fraudes e Processos e Reorganização Societária podem indicar tópicos que demandam maior atenção dos profissionais por terem potencialmente maior impacto na continuidade das entidades (i.e., risco de insolvência e/ou falência).
A alíquota de imposto de renda e contribuição social - IR/CS utilizada na projeção do Fluxo de Caixa Descontado (FCD) e na estimação das Taxas de Desconto é de grande relevância na avaliação da empresa. A discussão que permeia essa variável é a premissa assumida de utilizar a taxa de IR/CS efetiva, marginal ou ainda, a combinação de ambas. Esta pesquisa tem o objetivo de avaliar se no Brasil existe aderência qualitativa entre a academia e as práticas do mercado no processo de estimação das taxas de IR/CS e, se as projeções praticadas estão aderentes ao realizado. A metodologia utilizada neste estudo foi a empírico-analítica e a técnica de coleta dos dados foi documental, através de análise de conteúdo e do teste de média (teste de Wilcoxon). A amostra foi composta por sessenta e seis laudos de Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA’s) que utilizaram o FCD como método de avaliação e, concomitantemente, evidenciaram a taxa de IR/CS usada na avaliação. A hipótese de que há aderência entre a teoria e a prática do mercado foi rejeitada, visto o achado de viés para a maximização do valor da empresa (taxa efetiva para o fluxo de caixa e marginal para a taxa de desconto). Porém, a hipótese de igualdade das médias não foi rejeitada, o que nos leva a inferir a aderência entre as alíquotas de IR/CS projetadas às realizadas.
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo identificar a percepção do Microempreendedor Individual Goiano acerca das possíveis alterações em seus indicadores de desempenho econômico-financeiros decorrentes da sua formalização. A amostra utilizada foi um questionário aplicado para os Microempreendedores que procuraram o SEBRAE – Goias, em Goiânia, entre março e maio de 2013. Foram obtidos 109 questionários válidos. Os dados foram analisados através de técnicas que investigam as relações de interdependência entre variáveis, neste caso, Análise de Correspondência e Homogeneidade. Com base nessas análises, notou-se que os Microempreendedores Individuais do Estado de Goiás perceberam melhoras em seus indicadores econômico-financeiros após sua formalização. Palavras-chave: Microempreendedor Individual; Formalização; Indicadores econômico-financeiros.
Norte a Sul, o Brasil é um país de diversificado patrimônio multicultural, repleto de manifestações folclóricas, dentre as quais se encontra o boi-bumbá de Parintins com o seu Festival Folclórico; a disputa entre duas agremiações, a Associação Folclórica Boi-Bumbá Garantido e a Associação Folclórica Boi-Bumbá Caprichoso, que ocorre anualmente no último final de semana do mês de junho. Parintins é um dos 62 municípios que compõem o Estado do Amazonas. O município, que possui uma população estimada em 112.716 habitantes 1 encontra-se no extremo leste do Estado do Amazonas, distante a 369 km em linha reta da capital do estado, Manaus, e a 420 km por via fluvial. O Festival Folclórico de Parintins constitui-se em um evento que se tornou referência dentro e fora do Estado do Amazonas, é um dos mais importantes eventos do calendário cultural brasileiro, que proporcionou, em partes, o desenvolvimento econômico que chegou à Parintins, como por exemplo, as mudanças estruturais, aumento da população urbana e o crescimento do turismo, uma atividade que possibilita atrair investimentos para sua modernização. O Festival Folclórico de Parintins, como manifestação cultural, tem notadamente contribuído para a construção da identidade do povo amazônida. A identidade cultural expressa pelo boi-bumbá está presente no sentimento de orgulho de pertencimento ao Estado do Amazonas, cujas riquezas da biodiversidade e do povo, são exaltadas na música, "toadas" como são localmente conhecidas, pelas cores vermelho (do Boi Garantido) e azul (do Boi Caprichoso); pelos artistas plásticos que retratam em suas obras os temas amazônicos e o boi-bumbá, assim como também está presente no artesanato, que visivelmente em Parintins recebe forte influência do Festival Folclórico. Neste contexto, acredita-se que o Artesanato, como um produto que recebe influência das manifestações culturais locais, carece de maiores investigações científicas, pois se supõe que esta atividade, além de ser a representação material da identidade cultural parintinense, também tem sua parcela de contribuição socioeconômica. De modo que, é relevante buscar respostas que possam comprovar ou repelir a hipótese de que o artesanato produzido em Parintins possui elementos e características que o singularize como um produto material representativo da identidade sociocultural local. Assim, o objetivo deste estudo é identificar a relevância do artesanato produzido por artistas parintinenses na formação da identidade sociocultural local e sua contribuição socioeconômica para o município de Parintins, no estado do Amazonas.
A avaliação de empresa é potencialmente praticada e discutida pelos teóricos. Dentre os métodos de avaliação, o mais utilizado é o Fluxo de Caixa Descontado (FCD), cujo sucesso dependerá da correta determinação da taxa de desconto. Neste método, a mensuração do custo do capital próprio (Ke) é uma das etapas mais relevantes, pela maior subjetividade envolvida. Em mercados emergentes torna-se mais desafiador a mensuração desta taxa de desconto. Este artigo tem o objetivo de verificar se no Brasil existe aderência entre teoria e a prática do mercado quanto à estimação do Ke para valoração de empresas pelo FCD. A hipótese levantada é a de que as práticas do mercado brasileiro na determinação do Ke para avaliação de empresas pelo FCD estão condizentes com a teoria de finanças. Para verificar a hipótese, realizou-se uma pesquisa documental através da investigação dos Laudos de Avaliação das Companhias apresentados como requisito às ofertas públicas de aquisição de ações (OPA) registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no período de 2005 a 2009. A amostra perfez 63 laudos os quais mensuraram o valor da entidade pelo FCD. A análise de resultados comprovou a aderência dos métodos utilizados pelos praticantes brasileiros e a literatura de finanças sobre o tema, levando a não rejeição da hipótese proposta inicialmente. Desta forma, as evidências encontradas neste estudo contribuem com os estudiosos, avaliadores e demais interessados no assunto e, atribui-se maior credibilidade às informações geradas pelas avaliações de empresas no Brasil, qualitativamente.
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