A primeira infecção causada pelo novo coronavírus ocorreu na China, em dezembro de 2019.  Desde então, a busca por tratamentos para a COVID-19 tornou-se alvo de pesquisas internacionais.  Apesar dos estudos terem iniciado logo após o surto viral na China, era esperado o aumento das publicações desses estudos pelo mundo todo após a declaração da Organização Mundial de Saúde sobre o estado pandêmico da doença. Dessa forma, este estudo teve como objetivo analisar a dinâmica das publicações científicas sobre o tratamento da COVID-19 no primeiro semestre de 2020. Para a coleta de dados utilizou-se a plataforma MEDLINE por meio da PubMed; os descritores adotados foram: “COVID-19 and Treatment” e “SARS-CoV-2 and Treatment”, restringindo o período de publicação de 01/01/2020 a 30/06/2020. Dados mostraram que em janeiro de 2020, fase inicial da pandemia, o número de publicações sobre o tema foi ínfimo em relação a junho, com a pandemia totalmente disseminada. O maior crescimento no número de publicações ocorreu entre fevereiro e março (8,3 vezes maior). No que se refere ao número de países envolvidos em publicações, observa-se que em janeiro, três países estavam envolvidos; enquanto, em maio havia 41 países. No período analisado, a China liderou com 152 publicações, seguida pelos Estados Unidos (141). Isso pode ser resultado do surgimento dos primeiros casos da doença e  do caráter socioeconômico de ambos, que apesar dos distintos regimes políticos, têm a pesquisa científica como ponto importante para a continuidade do desenvolvimento.