RESUMO -Neste artigo, os autores analisam os mais recentes avanços no tratamento do diabetes gestacional, enfatizando pontos importantes na abordagem terapêutica: dieta, exercícios, controle glicêmico, utilização da insulina, assim como a utilização de hipoglicemiantes orais. O artigo traz propostas atuais para o trata- INTRODUÇÃOO diabetes melito gestacional (DMG) é definido como intolerância à glicose de graus variáveis com início ou primeiro diagnóstico durante o segundo ou terceiro trimestres da gestação 1 . A reclassificação, entretanto, pode ser feita após o parto, utilizando critérios padronizados para a população não-gestante.Sua incidência é variável, sendo estimada em 3% a 8% das gestantes 2,3 . A gestação é um estado hiperinsulinêmico caracterizado por uma diminuição da sensibilidade à insulina, parcialmente explicada pela presença de hormônios diabetogênicos, tais como a progesterona, o cortisol, a prolactina e o hormônio lactogênico placentário. Os níveis glicêmicos de jejum tendem a ser mais baixos na gestante, contudo, os valores pós-prandiais são mais altos, sobretudo naquelas em que não há aumento adequado da liberação de insulina. As pacientes com DMG apresentam uma diminuição ainda mais acentuada da sensibilidade periférica à insulina, como no diabetes tipo 2, além de uma secreção diminuída de insulina, explicando os picos pós-prandiais. Entretanto, a fisiopatologia do DMG não está totalmente elucidada. Se todas as gestantes fossem resistentes à insulina, a incidência do DMG seria superior aos níveis encontrados.O comprometimento fetal decorre primordialmente da hiperglicemia materna, que por difusão facilitada chega ao feto. A hiperglicemia fetal, por sua vez, estimula a produção exagerada de insulina que interfere na homeostase fetal, desencadeando: macrossomia, fetos grandes para idade gestacional (GIG), aumento das taxas de cesárea, traumas de canal de parto e distocia de ombro, hipoglicemia, hiperbilirrubinemia, hipocalcemia e policitemia fetais, distúrbios respirató-rios neonatais e óbito fetal intrauterino [4][5][6] . Historicamente, a introdução da insulina na terapêutica da gestante diabética foi um marco na qualidade da assistência a essas mulheres. Os dados sobre diabetes e gestação anteriores à utilização clínica da insulina são sombrios, com relato de cerca de 30% de mortalidade materna durante a gestação e 50% de óbitos perinatais 7 . Após a aplicação da insulina no controle do DMG, diminuíram significativamente suas complicações perinatais, com grande impacto principalmente na taxa de óbitos fetais.O adequado conhecimento das medidas terapêuticas no diabetes gestacional permitenos alcançar a normoglicemia materna, quebrando o ciclo maléfico dessa entidade e, conseqüentemente reduzindo a incidência de efeitos lesivos ao binômio materno-fetal. Controle metabólico no DMGO monitoramento glicêmico feito através da dosagem da glicemia capilar (dextro), pela própria paciente, várias vezes ao dia é considerado o ideal recentes incluem a monitorização da dextro ao menos quatro vezes ao d...
We describe new nomograms of fetal thyroid measurements throughout gestation that may be useful in case of thyroid dysfunction.
RESUMO OBJETIVOS.Comparar aspiração manual intra-uterina (AMIU) com curetagem uterina (D&C) em abortamentos no primeiro trimestre no que se refere a eficiência para eliminar restos ovulares do método de aspiração manual intra-uterina com a dilatação e curetagem, ocorrência de complicações (perfuração uterina, laceração cervical, hemorragia pós-tratamento), tempo duração dos procedimentos e tempo de internação das pacientes. MÉTODOS. Cinqüenta pacientes no grupo AMIU e 50 pacientes no grupo D&C foram incluídas prospectivamente de maneira aleatória. Critérios de inclusão: abortamento espontâneo, idade gestacional de até 13 semanas, colo pérvio, espessura endometrial maior que 15 mm, estado afebril, hemoglobina superior a 10 g/dl. Amostras sangüíneas foram colhidas antes e após os procedimentos cirúrgicos para controle dos níveis de hemoglobina; anestesia foi realizada em todos os casos. O tempo para realização de cada procedimento cirúrgico foi cronometrado. RESULTADOS. Os grupos eram semelhantes quanto à idade gestacional (9,93±2,40; 9,73±2,58, p 0,71), espessura endometrial antes da cirurgia (22,14±4,80; 22,68±5,68, p 0,65). Não foram observadas complicações cirúrgicas ou anestésicas em nenhum grupo. Os tempos de realização do procedimento e internação foram significativamente menores nas pacientes do grupo AMIU (3,71; 10,18 min, p < 0,001) (14,18; 23,06 h, p 0,03). O decréscimo nos níveis de hemoglobina após o procedimento cirúrgico foi maior no grupo D&C (p= 0,02). CONCLUSÃO. A AMIU possibilita menor perda sangüínea, requer menor tempo de realização do procedimento e menor tempo de internação hospitalar. Entretanto, ambos os procedimentos cirúrgicos mostraram-se eficientes para o tratamento de abortamentos incompletos no primeiro trimestre da gestação, não havendo complicações após a realização dos tratamentos.UNITERMOS: Abortamento. Curetagem uterina. Aspiração manual intra-uterina. Primeiro trimestre da gestação. TRA TRA TRA TRAT T T T TAMENT AMENT TRA INTRODUÇÃOO abortamento é uma das intercorrências mais freqüentes da gestação e, por isso, é considerado importante problema de saúde pública, com conseqüências políticas, econômicas e sociais 1,2,3 . Estimase que ocorram mais de 20 milhões de abortamentos ilegais todos os anos, o que colabora sobremaneira para a morbi-mortalidade materna, principalmente em países em desenvolvimento 2-7 . Nesse sentido, no Brasil, onde o abortamento legal apresenta indicações muito restritas, acredita-se que o abortamento ilegal é subnotificado e, mesmo assim, alcança números de até 1,5 milhão desses procedimentos por ano 3 . Isso repercute sobre o ônus gerado ao Estado, porque o tratamento do abortamento incompleto, provocado ou espontâneo, acaba sendo responsável pela utilização de parte substancial de recursos do sistema público de saúde em países da América Latina 4 .Esses fatos são demonstrados pelas estatísticas de hospitais da rede pública, as quais apontam que as complicações por abortamento incompleto representam uma das quatro principais causas de internação hospi...
RESUMO Objetivos: estabelecer parâmetros dos testes de vitalidade fetal em gestações com diabete melito pré-gestacional que se correlacionam com a ocorrência de recém-nascidos (RN) grandes para idade gestacional (GIG RN GIG, nas semanas: 32ª (16,5 cm, p=0,02), 33ª (16,7 cm, p=0,03), 34ª (17,0 cm, p=0,02), 35ª (17,9 cm, p=0,000), 36ª (15,8 cm, p=0,03) e 37ª (17,5 cm, p=0,003 RN GIG, nas semanas: 34ª (60%, p=0,03), 35ª (71,4%, p=0,01), 36ª (80%, p=0,02) e 37ª (66,7%, p=0,04
ASSOCIAÇÃO ENTRE PERFIL GLICÊMICO MATERNO E O ÍNDICE DE LÍQUIDO AMNIÓTICO EM GESTAÇÕES COMPLICADAS PELO DIABETES MELLITUS. As complicações decorrentes do Diabetes mellitus na gravidez tem relação direta com o controle metabólico materno 4,5 . Com o advento da insulina e sua utilização em mulheres grávidas, foi possível obter melhor controle metabólico e houve importante redução na mortalidade perinatal.A hiperglicemia materna eleva as taxas de complicações em gestantes diabéticas. 6,7 O desenvolvimento tecnológico do final do século XX concentrou-se na busca de métodos que possibilitassem a predição dessas complicações com o objetivo de atenuá-las. Dentre essas técnicas, destaca-se a ultrassonografia obstétrica.A elevação do volume de líquido amniótico em gestações complicadas por diabetes tem fisiopatologia complexa, não totalmente conhecida. As principais hipóteses dessa associação consideram a hiperglicemia materna como ponto de partida desse processo. A glicose, em excesso no sangue materno, atravessaria mais a placenta levando à hiperglicemia fetal. Esta, por sua vez, desencadearia a diurese osmótica fetal resultando em excesso de líquido amniótico 8 . A relação positiva da hiperglicemia materna com o aumento da diurese fetal é verificada inicialmente em estudos com
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