Não somos lixo. Não somos lixo e nem bicho. Somos humanos. Se na rua estamos é porque nos desencontramos. Não somos bicho e nem lixo. Nós somos anjos, não somos o mal. Nós somos arcanjos no juízo final. Nós pensamos e agimos, calamos e gritamos. Ouvimos o silêncio cortante dos que afirmam serem santos. Não somos lixo. Será que temos alegria? Às vezes sim... Temos com certeza o pranto, a embriaguez, A lucidez dos sonhos da filosofia. Não somos profanos, somos humanos. Somos filósofos que escrevem Suas memórias nos universos diversos urbanos. A selva capitalista joga seus chacais sobre nós. Não somos bicho nem lixo, temos voz. Por dentro da caótica selva, somos vistos como fantasmas. Existem aqueles que se assustam. Não somos mortos, estamos vivos. Andamos em labirintos. Depende de nossos instintos. Somos humanos nas ruas, não somos lixo."
A produção crítica em Educação Física não se reflete como avanço na prática docente, o que é expresso pelo dito: "Na prática, a teoria é outra". Em perspectiva contrária, nossa hipótese é que tais estudos não são oferecidos aos professores da área. Analisamos a bibliografia básica das disciplinas que abordam o esporte nos cursos de formação inicial de professores de Educação Física de quatro instituições, procurando identificar se o esporte é abordado a partir das reflexões críticas. Concluímos que apenas quatro disciplinas abordam o esporte com obras do campo crítico, permitindo apropriação de sua complexidade, contradição e polissemia. Portanto, depreendemos do estudo que a formação inicial vincula-se a um projeto não-crítico de educação, ou seja, na prática a teoria é a mesma.
O objetivo deste artigo é compreender as relações entre as políticas públicas para a educação e o ensino de dança na formação inicial de professores de Educação Física. A partir da análise das referências básicas utilizadas em disciplinas que têm a dança como conteúdo, buscamos levantar elementos de convergência e divergência entre tais referências e as orientações dessas políticas públicas educacionais. Das 24 obras analisadas, 15 são convergentes com as políticas, 3 divergentes e 6 sem posicionamento explícito. Isso permitiu uma primeira análise em relação à provável orientação das disciplinas de ensino da dança.
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