Visando alternativas para minimizar os problemas gerados pela salinidade, cada vez mais comum no mundo, é necessário entender o crescimento e o desenvolvimento das plantas em ambientes salinos. O objetivo foi caracterizar a produção de biomassa e determinar a composição químico-bromatológica de plantas de Desmanthus pernambucanus (L.) Thellung (jureminha) submetidas à salinidade. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em delineamento inteiramente casualizado, com 5 tratamentos (0, 25, 50, 75 e 100 mM NaCl) e 6 repetições. Em cada 54 dias foram realizados cortes separados em frações como caule, folha e vagem. Durante outubro e novembro, plantas submetidas a 100 mM de NaCl apresentaram 83 e 100% de mortalidade, respectivamente, e apenas 50% das plantas submetidas a 75 mM sobreviveram até novembro. Em agosto, as plantas na fase de enchimento de grãos apresentaram as seguintes alterações: aumento da produção de biomassa de vagens (148%), compostos fibrosos (FDN: 11 e 9% para folhas e caules, respectivamente) e prolina nos caules (62%); redução na relação folha/caule (33%), proteína bruta (16 e 14% para folhas e caules, respectivamente) e carboidratos solúveis (28 e 17% para folhas e caules, respectivamente). A fase de enchimento de grãos potencializou os efeitos nocivos da salinidade, em que houve aumento de Na+ e redução de K+ nos tecidos vegetais. A salinidade afeta negativamente a produção e composição químico-bromatológica da forragem de jureminha.