Depression is highly prevalent in women with endometriosis, especially those with pelvic pain. Careful evaluation can identify women with depression who may benefit from treatment.
INTRODUÇÃOAtualmente, o tratamento da endometriose tem como principal objetivo o alívio das queixas e dos sintomas, de acordo com as necessidades individuais das mulheres. Em geral, busca-se o alívio da dor pélvica crônica e a recuperação da fertilidade, por meio de medicação e/ou cirurgia. Apesar de todo conhecimento atual sobre a endometriose, ainda não existe uma conduta ideal sem recidiva de sintomas e da doença. Muitas mulheres mantêm a queixa de dor ou de perda da fertilidade mesmo após se submeterem a diversas intervenções, gerando assim, um desgaste emocional devido ao longo caminho percorrido entre o início dos sintomas, diagnóstico e várias tentativas de tratamento da endometriose 1-5 . Além do sofrimento físico causado pelos sintomas, a endometriose provoca um impacto negativo na vida da mulher, alterando seu rendimento profissional, sua relação familiar e afetiva, reduzindo sua qualidade de vida e principalmente sua auto-estima 1,4-9 . A relação entre a endometriose e a depressão já foi identificada, sendo que níveis mais elevados são encontrados em mulheres com dor crônica 8,9 . Devido à diversidade de queixas, atualmente busca-se um tratamento multiprofissional que atenda às demandas físicas e psicológicas das mulheres com endometriose. Há um consenso entre ginecologistas e demais profissionais de saúde sobre a necessidade de suporte psicológico para estas mulheres, porém há poucos relatos que descrevem a realização e os resultados desse tipo de atendimento 1-9 . Buscando preencher essa lacuna, foi estabelecido, no Ambulatório de Endometriose do CAISM/UNICAMP, um atendimento em grupo envolvendo médicos, psicólogas e fisioterapeutas, nomeado de Grupo de Apoio Psicológico e Fisioterapêutico às Mulheres com Endometriose (GAPFAME). O presente estudo teve como objetivo avaliar os escores de dor e depressão antes e depois do GAPFAME, bem como verificar se há diferenças entre mulheres que não participaram do grupo de apoio. MÉTODOSParticiparam deste estudo 128 mulheres do Ambulatório de Endometriose, Departamento de Tocoginecologia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), em Campinas (SP). As mulheres foram divididas igualmente em dois grupos: grupo de apoio (participantes do GAPFAME) e grupo sem intervenção (mulheres que não participaram do grupo de apoio).Ao serem incluídas no Ambulatório de Endometriose, todas as mulheres receberam, na primeira consulta, informações sobre rotinas médicas, exames, procedimentos e atendimentos oferecidos por este serviço. Foram distribuídos folhetos explicativos sobre a doença, os sintomas e também sobre o GAPFAME. Esta intervenção foi oferecida a todas as mulheres na primeira consulta ou no seu retorno médico. Foram encaminhadas ao grupo aquelas que manifestaram desejo de participar, tendo sido realizada inscrição prévia pela equipe de psicologia e, posteriormente, a convocação por carta enviada pelo correio nas semanas que antecederam o início dos grupos. Foram observados, entre as mulheres que aceitaram participar, relatos de sofrimento emocional acentuado e di...
AgradecimentosA todas as mulheres com endometriose do Ambulatório de Endometriose do CAISM, que, através de seus sofrimentos físico e emocional tornaram possível a idealização e realização deste trabalho. Obrigada pelo conhecimento adquirido e colaboração neste estudo.Ao Prof. Dr. Carlos Alberto Petta, pela confiança e paciência ao longo deste trabalho. Agradeço sua compreensão em momentos difíceis e o respeito pelos meus ideais. Obrigada por esta oportunidade.Aos meus colegas de turma, pela troca de informações e afeto, em especial à querida Nicole, pela amizade e incentivo. Obrigada por caminharem comigo.
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