Objetivo: Conhecer o perfil pulmonar, muscular e funcional de pacientes com doença renal crônica (DRC) e verificar a relação entre a força muscular periférica e a capacidade funcional desses pacientes. Métodos: 21 pacientes com DRC e 17 saudáveis foram avaliados quanto à antropometria, função pulmonar, força muscular periférica e capacidade funcional. Para comparação entres os grupos foi utilizado o teste t de Student ou U de Mann Whitney. Para correlacionar a força muscular periférica com a capacidade funcional do grupo DRC utilizou-se o coeficiente de Pearson ou Spearman. Resultados: Houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos DRC e saudável, respectivamente, nas variáveis da função pulmonar: volume expiratório forçado no primeiro segundo (77,62 ± 18,05% vs. 99,71 ± 16,43%; p = 0,001) e capacidade vital forçada (78,86 ± 17,16% vs. 98,48 ± 16,99%; p = 0,001); e na força muscular periférica de quadríceps direito (127,76 ± 49,77 Nm vs. 170,90 ± 55,38 Nm; p = 0,006) e esquerdo (134,10 ± 55,19 Nm vs. 171,05 ± 57,86 Nm; p = 0,04). O teste de caminhada de 6 minutos foi menor no grupo DRC comparado ao saudável em valor absoluto (419,95 ± 98,51m vs. 616,90 ± 90,01m; p < 0,0001) e em % do predito (66,07 ± 15,04% vs. 94,80 ± 9,35%; p < 0,0001). Observou-se correlação moderada entre a capacidade funcional e a força muscular periférica de quadríceps direito (rho = 0,52; p = 0,01) e quadríceps esquerdo (r = 0,63; p = 0,002) no grupo DRC. Conclusão: Pacientes com DRC apresentam alteração na função pulmonar, redução da força muscular periférica e da capacidade funcional.Palavras-chave: doença renal crônica, diálise renal, espirometria, força muscular, tolerância ao exercício.
Mulheres submetidas à cirurgia de mastectomia podem apresentar algumas complicações, dentre elas, alterações respiratórias e prejuízo funcional. O objetivo deste estudo foi avaliar a cinemática da parede torácica e a capacidade funcional no pós-operatório de pacientes mastectomizadas sem tratamento neoadjuvante e adjuvante associados. Foram avaliadas 4 mulheres no grupo mastectomia (GM) e 4 mulheres no grupo controle (GC). Todas as participantes foram submetidas aos procedimentos de avaliação antropométrica, função pulmonar, força muscular respiratória, cinemática da parede torácica e capacidade funcional. O GM também foi submetido à avaliação de inspeção e palpação torácica. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. Foi observado que o GM apresentou menor variação de volume corrente da parede torácica, com delta de variação de 22,03% a menos que o GC, sendo a maior redução de volume corrente evidenciada no compartimento de caixa torácica pulmonar, com redução de 41,57% em relação ao GC. O GM não apresentou alterações de função pulmonar, força muscular respiratória e capacidade funcional, apresentando valores de normalidade nestas avaliações. Portanto, mulheres submetidas ao procedimento cirúrgico de mastectomia, sem tratamento neoadjuvante e adjuvante associados, não apresentaram comprometimento da função pulmonar, da força muscular respiratória e da capacidade funcional, contudo foi verificado redução do volume pulmonar na região do procedimento cirúrgico.Palavras-chave: Mastectomia. Cinemática da parede torácica. Tolerância ao exercício.
Cirrhosis causes systemic and metabolic changes that culminate in various complications, such as compromised pulmonary function, ascites, hepatic encephalopathy, weight loss, and muscle weakness with significant physical function limitations. Our aim is to evaluate the effects of training with neuromuscular electrical stimulation (NMES) on the muscular and functional capacity of patients with cirrhosis classified as Child-Pugh B and C. A total of 72 patients diagnosed with cirrhosis will be recruited and randomized to perform an NMES protocol for 50 minutes, 3 times a week, for 4 weeks. The evaluations will be performed at the beginning and after 12 sessions, and patients will be submitted to a pulmonary function test, an ultrasound evaluation of the rectus femoris, an evaluation of peripheral muscle strength, a submaximal exercise capacity test associated with an evaluation of peripheral tissue oxygenation, a quality of life evaluation, and orientation about monitoring daily physical activities. The evaluators and patients will be blinded to the allocation of the groups. Training Group will be treated with the following parameters: frequency of 50 Hz, pulse width of 400 μs, rise and fall times of 2 s, and on:off 1:1; Sham Group: 5 Hz, 100 μs, on:off 1:3. The data will be analyzed using the principles of the intention to treat. This study provides health professionals with information on the benefits of this intervention. In this way, we believe that the results of this study could stimulate the use of NMES as a way of rehabilitating patients with more severe cirrhosis, with the objective of improving these patients’ functional independence.
Introdução: A ascite pode comprometer a mobilidade toracoabdominal e favorecer o surgimento de sintomas e alterações da função pulmonar. Contudo, são poucos os estudos relacionados à investigação das alterações de mecânica pulmonar nessa população. Objetivo: Comparar a mobilidade diafragmática de pacientes cirróticos com a de indivíduos saudáveis. Métodos: Trata-se de um estudo transversal. Foram recrutados cinco pacientes cirróticos do ambulatório de hepatologia do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago - Universidade Federal de Santa Catarina, e cinco indivíduos saudáveis da comunidade. Todos os participantes foram submetidos à prova de função pulmonar e avaliação da mobilidade diafragmática pela ultrassonografia. A mobilidade diafragmática dos pacientes cirróticos foi realizada apenas imediatamente após a paracentese, devido ao posicionamento do diafragma em decorrência da ascite. Para essa avaliação, os participantes foram posicionados em decúbito dorsal e foi utilizado um transdutor convexo de 3 MHz, angulado medial e anteriormente para o alcance do terço posterior do diafragma direito. Na análise estatística foram utilizados os testes de Shapiro-Wilk e t independente. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Houve diferença estatisticamente significativa da mobilidade diafragmática entre os pacientes cirróticos e os indivíduos saudáveis (4,72±1,51 cm vs. 8,14±0,75 cm, p<0,001, respectivamente). Conclusão: A mobilidade diafragmática é reduzida em pacientes cirróticos quando comparados a indivíduos saudáveis, mesmo após a realização da paracentese.
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