Este estudo objetivou conhecer, sob a ótica de adolescentes dependentes químicos, os motivos que os levaram a iniciar o consumo de substâncias psicoativas. Trata-se de pesquisa qualitativa, descritiva, desenvolvida em um hospital geral de pequeno porte e em um Centro de Atenção Psicossocial álcool e drogas, localizados na região noroeste do Rio Grande do Sul. Participaram do estudo sete adolescentes. Para a coleta de dados, utilizou-se a entrevista aberta, gravada e transcrita. A análise dos dados seguiu os preceitos da análise de conteúdo. Resultados apontaram as relações do adolescente com a família, amigos, escola e comunidades como fatores determinantes para o início ou não do uso de drogas. Descritores: Adolescente; Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias; Serviços Comunitários de Saúde Mental; Hospitais Gerais; Relações Interpessoais. 1 Artigo extraído da monografia de conclusão de curso "Concepção de adolescentes dependentes químicos sobre os motivos que os levaram ao início do uso de substâncias psicoativas" apresentado à Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, RS, Brasil.
Objectives: to identify the prevalence of psychotropic drug use according to their Anatomical Therapeutic Chemical classification among Psychosocial Care Center users and assess their prescription compliance based on the recommended therapeutic dose. Methods: this is an analytical study, based on documents, from the study of 389 records between September 2017 and May 2018. Associations between the presence of underdose or overdose and participants’ characteristics were assessed using the chi-square test, adopting a significant value of p <0.05. Results: the most used drugs were antipsychotics (74.7%), 16.0% of users with at least one medication with a dose below the therapeutic level and another 3.6% above the recommended therapeutic dose. Conclusions: greater nonconformities in the prescribed dose were related to antihistamines, antipsychotics and antidepressants, with underdosage associated with females and overdose with the report of hearing voices.
Objetivo: identificar na história de vida de ouvidores de vozes as situações relacionadas à origem das vozes. Método: os dados consistem em 21 entrevistas feitas com pessoas que participavam de grupos de Ouvidores de Vozes na localidade de Settimo Torinese (Itália) e imediações. Os dados foram coletados em 2015. Resultados: as entrevistas foram organizadas e analisadas relacionando a origem das vozes; a eventos de vida como sobrecarga no trabalho, perdas (separação, aborto, ruptura de laços amorosos) e a situações de adoecimento. Considerações finais: desenvolver estudos para conhecer as situações de vida relacionadas ao início da escuta das vozes pode contribuir para a abordagem e enfrentamento mais adequado a esta vivência.
O presente estudo analisou o conteúdo das vozes de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial II, localizado na cidade de Pelotas/RS.Trata-se de uma análise documental, realizada por meio da coleta de dados secundários de 389 prontuários de usuários ativos no serviço, dos quais 181 apresentaram o registro de ouvir vozes. A coleta de dados ocorreu entre setembro de 2017 e maio de 2018. A partir da análise do registro das falas dos usuários obtidas dos prontuários, foram evidenciadas vozes com conteúdos diversos, como: vozes de comando; vozes de cunho religioso; vozes acompanhadas de outras experiências sensoriais; vozes depreciativas; vozes positivas e vozes neutras. Nos registros pode-se averiguar que os usuários vivenciam as vozes de forma positiva, neutra ou negativa, sendo a identificação dos conteúdos das mesmas um passo importante para auxiliá-los a trabalhar com elas.
De sintoma à experiência, a significação da audição de vozes vem se transformando ao longo da história. No entanto, ainda hoje, quando o usuário relata ouvir vozes, é aligeiradamente diagnosticado com algum transtorno mental e encaminhado para o tratamento que, em sua maioria, é medicamentoso. Subjetividade, conteúdo das vozes e suas interfaces com aspectos socioculturais não costumam fazer parte da assistência aos ouvidores de vozes. Diante disso, objetivou-se analisar a presença dos valores e estereótipos social e culturalmente estabelecidos para mulheres e homens no conteúdo das vozes de usuárias(os) de um Centro de Atenção Psicossocial II mediante a leitura de 389 prontuários ativos. Os resultados demonstram que os enunciados presentes nos conteúdos das vozes foram influenciados pelos valores e estereótipos sociais e culturais, como as violências, os papéis de homens e mulheres na sociedade e a formação do sujeito feminino a partir da estética do corpo. A incorporação do marcador de gênero em pesquisas sobre os ouvidores de vozes promove uma análise sócio-histórica dessa experiência, ultrapassando as limitações que a psiquiatria a impôs. Além de empoderar os sujeitos, considerar a história de vida das pessoas que ouvem vozes e o que a voz enuncia por intermédio do seu conteúdo permite a criação de estratégias para o desenvolvimento de uma boa convivência com elas, repercutindo na saúde mental e na produção de vida desses sujeitos.
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