Este artigo teve por objetivo refletir sobre os processos de seleção em nível stricto sensu, atenuando o contexto da educação. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica do tipo integrativa que culminou com um aporte teórico fundamentado principalmente em Oliveira, Moura e Lima; Balbachevsky; Cordeiro, bem como, contribuições de Marins. Os resultados foram alvo da construção de quatro categorias que delinearam o produto desta investigação. A primeira categoria intitulada “Currículo, capacitação e pontuações”, destacou um breve olhar frente a importância da construção de uma carreira na área de seleção para que as produções e participações em geral concentram-se enquanto ponto de partida para a experiência profissional. A segunda categoria intitulada “Professores com formação stricto sensu: êxitos na Educação Básica?” buscou dialogar com a importância e inserção de professores pós-graduados em nível stricto sensu para o avanço da Educação Básica em geral. A terceira categoria “A relação de mestres e doutores e o acesso enquanto professores do magistério superior”, revelou o almejo de muitos profissionais concluintes de cursos de mestrado e doutorado em ingressar no exercício profissional do magistério superior, entretanto, este processo está cada vez mais disputado e a construção de um bom currículo torna-se o grande diferencial. O estudo conclui-se apontando a possibilidade de uma pesquisa futura envolvendo um estudo de campo com as percepções de mestrandos e doutorandos em final de ciclo e as expectativas de acessar o mercado do magistério superior.
A era industrial provocou diversas repercussões no contexto histórico e educacional, a sociedade capitalista centrada em consumo, produção e trabalho, insurgiu a necessidade da escolarização centrada em fundamentos tecnicistas, partindo de um ensino centrado em docentes nos moldes onde o conhecimento é transmitido do professor para o aluno. Este modelo que tinha a finalidade de formar cidadãos submissos ao mercado de trabalho foi associado ao ensino tradicional ao longo de muitas décadas. O movimento Escola Nova ou Escolanovismo surge no cultimar do século XIX e início do século XIX a partir de diversas críticas ao contexto escolar frente à descontextualização do ensino, ensino tradicional, bem como, a educação bancária e centrada exclusivamente no trabalho. Este movimento foi essencial para um olhar sensível para a importância da contextualização no ensino ativista, progressista e transformador de realidades. Abarcando nestes pressupostos, o século XXI pauta uma mediação de ensino aos nativos digitais a partir da inserção das mídias digitais, tecnologias digitais e recursos digitais em sala de aula, desafio este tanto para a gestão, professores e funcionários em geral no pressuposto adaptativo. Para tanto, esta pesquisa teve por objetivo refletir sobre a inserção das tecnologias digitais no contexto escolar frente à perspectiva do letramento digital. Os resultados inferem que os estudantes da era digital são atraídos pela inserção da internet, celular e demais tecnologias nos processos de ensino e aprendizagem. Outrossim, o currículo escolar ainda precisa incorporar e aplicar novas tendências do letramento digital em decorrência dos avanços da tecnologia na construção do saber. Além disso, os recursos pedagógicos têm se ampliado e, com o apoio das tecnologias digitais, a interação e o engajamento em formações iniciais e continuadas têm aumentado sua importância nas práticas pedagógicas.
O objetivo deste estudo foi dialogar em cunho bibliográfico e qualitativo o contexto da educação pós-pandemia e a recomposição da aprendizagem. Sabe-se que o Ensino Remoto Emergencial, este, mediado por Tecnologias da Informação e Comunicação – TICs, foi um recurso que na rede pública de ensino, até mesmo nas redes particulares foi fomento de intensas adaptações por parte dos professores e estudantes. Este ciclo de adaptações em ensino pode aderir um caráter sensível quando pensamos no processo de alfabetização de crianças no período de curso aos anos iniciais do Ensino Fundamental, tal como, um adolescente que estudou o Ensino de Ciências a partir de materiais impressos. Diante deste contexto, todas as etapas da educação básica aderiram mudanças e novos significados para garantir o ano letivo em contexto pandêmico. O estudo revelou nuances que contextualizam o contexto atual, que se encaminha para um tempo intitulado “pós-pandemia”, vivencia-se novas facetas de recompor os prejuízos em defasagens de ensino e aprendizagem devido a pandemia. Logo, este fenômeno de minimizar os déficits da pandemia, vem sendo estudado por muitos profissionais enquanto recomposição da aprendizagem. O estudo finaliza-se com a possibilidade de partir para uma análise de discursos de professores e estudantes da Educação Básica e Ensino Superior frente ao contexto pandêmico e pós-pandêmico.
Este artigo estabelece uma relação de tensão entre a questão indígena e o Estado brasileiro, delineando, a partir do conceito foucaultiano de poder e mbembiano sobre necropolítica, uma discussão entre Estado e capitalismo, em consonância com a esfera marxista. Abordamos o período compreendido entre os anos de 2019 e 2022 referente ao mandato presidencial atual que adota uma política contrária aos interesses indígenas, adotando discursos de poder contra os direitos garantidos na Constituição Federal e utilizando-se da máquina estatal em ações e medidas ambientais de agressão às reservas e aos povos indígenas. O objetivo é propor um diálogo e contribuir para o debate sobre as relações de poder que permeiam a vida social, política e econômica do Estado referentes aos povos nativos. A pesquisa se caracteriza como qualitativa, tendo como principal instrumento a revisão bibliográfica de cunho exploratório, enfocando as principais obras sobre o tema e a reflexão crítica e analítica acerca da temática. Conclui-se que o Governo Federal usa a estrutura do Estado para atingir direitos consagrados dos povos indígenas, dando preferência aos detentores do poder econômico, violando a Constituição Federal de 1988.
A ditadura civil-militar tinha sido um período bastante obscuro de repressão política, social e cultural durante essa breve história do Brasil. O poder centralizado em poucos representantes detentores do poder conduziu uma onda de violência de forma legitimada em prol de uma segurança nacional contra a fantasmática progressista, mesmo que isto sacrificasse o bem-estar de uma boa parte da população. Baseado primordialmente no mito do Pai da Horda, encontrada na antropologia freudiana em Totem e tabu (1913/1981), este artigo tem como objetivo transcorrer sobre a gênese do autoritarismo que é clamado pela massa das camadas populares na constituição das relações de subordinações políticas entre os seres humanos, articulados com saberes sobre os objetos de gozo, a ruptura infantil com os pais e a consequente rejeição da verdade em Lacan, bem como os desdobramentos teóricos propostos pelos seus discípulos contemporâneos na prevenção do retorno dessa forma de política.
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