O objetivo do trabalho foi identificar os medicamentos sujeitos a controle especial mais utilizados em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) no município de Curitiba, Paraná-BR. Estudo retrospectivo, por meio de pesquisa documental em Livros de Registro Específico de medicamentos controlados dos CAPS, referente aos anos de 2013 a 2016. Constatou-se a saída de 10.897 medicamentos, sendo as dispensações para uso emergencial. Foi considerada a denominação comum brasileira (DCB), a forma farmacêutica e as concentrações que eram dispensadas das seguintes classes terapêuticas: antidepressivos, ansiolíticos, antiepiléticos, antipsicóticos, anticolinérgicos e hipnóticos/sedativos. Os mais utilizados foram os antipsicóticos, em específico o Cloridrato de Clorpromazina em comprimido de 100mg (23,41%) e 25mg (18,54%), seguido do ansiolítico Diazepam em comprimido de 5mg (11,86%). O padrão de consumo de psicotrópicos aqui identificados não diferem muito dos estudos semelhantes em outras regiões do Brasil, além de evidenciar o consumo em caráter emergencial de algumas classes terapêuticas.
RESUMO No contexto do ‘recovery’ surgiu, em 1993, a Gestão Autônoma da Medicação, uma estratégia que visa garantir, aos usuários de psicotrópicos, participação nas decisões relativas aos seus tratamentos, via diálogo e troca de informações entre os envolvidos nos tratamentos em saúde mental com trabalhos nacionais, que demonstram esses efeitos. O objetivo do presente estudo foi fomentar e avaliar qualitativamente a realização da estratégia Gestão Autônoma da Medicação nos Centros de Atenção Psicossocial de Curitiba (PR). Foi feita uma pesquisa qualitativa, com implantação de grupos Gestão Autônoma da Medicação e de entrevistas semiestruturadas. Participaram usuários, trabalhadores dos Centros de Atenção Psicossocial e estudantes de medicina, totalizando 18 entrevistados. O material foi transcrito integralmente e as percepções dos participantes foram avaliadas baseando-se na hermenêutica gadameriana, extraindo-se, assim, núcleos argumentais, os quais foram agrupados em categorias e analisados posteriormente. Demonstrou-se que o grupo Gestão Autônoma da Medicação auxiliou os usuários no processo de conhecimento e tomada de decisão sobre seus tratamentos, bem como no conhecimento dos seus direitos. A intervenção também se mostrou relevante para os profissionais e estudantes, reforçando conceitos como a importância de valorizar a fala, as experiências e a autonomia do usuário.
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