O objetivo deste artigo é mostrar que algumas práticas que podem ser consideradas como matemáticas, na construção de instrumentos musicais conhecidos como idiofones, podem apresentar outras características que somente fazem sentido em uma forma de vida musical, imersa em peculiaridades de uma tendência musical experimental/ contemporânea. O presente artigo é fruto de uma pesquisa de abordagem qualitativa que apresenta um viés etnográfico, realizada em um Curso de Música de uma universidade pública. Os dados foram analisados seguindo preceitos de uma microanálise etnográfica. Observou-se que as práticas matemáticas se entrecruzavam ou se perdiam em meio ao que os músicos denominam de percepção musical. Assim, conjectura-se que as matemáticas encontradas participam de uma prática situada, de um jogo de aproximação, no qual se buscam sons característicos, peculiares, relacionados a alguma escala que os músicos pretendem encontrar.

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