Introdução: A sífilis é uma infecção bacteriana transmitida por meio da relação sexual sem proteção com um indivíduo infectado ou de uma gestante ao seu concepto quando esta não for tratada ou tratada inadequadamente. A situação da sífilis no Brasil é preocupante e a infecção precisa ser controlada. Entre os compromissos assumidos pelo Brasil em 2016 na Agenda de Ações Estratégicas para Redução da Sífilis está a inclusão de ações conjuntas com a estratégia interministerial de Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção (Projeto Sífilis Não!), tendo como objetivo reduzir a sífilis adquirida, a sífilis em gestantes e eliminar a sífilis congênita no Brasil. Um dos eixos trabalhados no Projeto Sífilis Não! é a educomunicação, que visa ao fortalecimento da informação e à educação para a qualificação da atenção à saúde na prevenção, assistência, tratamento e vigilância da sífilis. Objetivo: O objetivo deste relato é descrever as principais ações de educomunicação realizadas nos municípios prioritários de Natal e Parnamirim (RN) e os impactos para o controle da sífilis. Métodos: As experiências são apresentadas sequencialmente proporcionando uma visão geral das ações e os resultados que implicam na qualificação da rede de cuidado às pessoas com sífilis por meio do engajamento dos gestores, profissionais da saúde e sociedade civil. Resultados: As ações desenvolvidas nos territórios dentro do eixo educomunicação impactaram no fortalecimento da resposta rápida à sífilis e consequentemente no controle da sífilis adquirida, sífilis em gestante e sífilis congênita, contribuindo para a qualificação do cuidado às pessoas com sífilis no âmbito da Rede de Atenção à Saúde desses municípios. Conclusão: É notório que a educação permanente das equipes e o uso das mídias são aliados na qualificação da informação e no estímulo a corresponsabilização de todos os atores envolvidos na luta contra a sífilis.
Introdução: Durante os anos de 2018 e 2020, foi desenvolvido no âmbito de 72 municípios a Estratégia do Apoio de Pesquisa e Intervenção do Projeto Sífilis Não!. Esse surgiu a partir da necessidade de implementar ações estratégicas para o enfrentamento desse agravo considerado, mundialmente, um problema de saúde pública. Objetivo: O principal objetivo é a redução da sífilis adquirida e em gestantes, eliminar a sífilis congênita e constituir uma resposta integrada e colaborativa entre os pontos da rede de atenção, especialmente a Atenção Primária à Saúde. Para a eleição dos municípios prioritários, foi criado um índice composto englobando diversos indicadores, entre eles a taxa de incidência de sífilis congênita em menores de um ano e a de mortalidade perinatal, além de critérios populacionais. Resultados: Foram identificados 100 municípios que representam 31% da população brasileira em todas as regiões do país. A estratégia foi desenvolvida com 72 municípios prioridades 1 e 2, conforme critérios. O perfil das pessoas selecionadas exigia experiência no campo da Atenção Primária à Saúde, Vigilância à Saúde, Infecções Sexualmente Transmissíveis e organizações não governamentais para atender aos quatro eixos do projeto: educomunicação, vigilância em saúde, cuidado integral, gestão e governança. Nesse contexto, o trabalho começa a ser desenvolvido a partir de problemas previamente elencados, surgindo novos frente a realidade de cada lugar, destacando-se: ineficiência de processos de educação permanente, não inclusão da temática em espaços de governança, falta de articulação entre os instrumentos de gestão, irregularidade de oferta de testes não treponêmicos, ausência de política de educomunicação. Conclusão: Para o desenvolvimento dessas ações, o apoiador de pesquisa e intervenção foi ator estratégico. Entre os resultados se destacam a implantação de comitês/câmaras técnicas de prevenção da transmissão vertical, treinamento de profissionais quanto ao protocolo estabelecido e, principalmente, o manejo da sífilis na Atenção Primária à Saúde, além de ações comunicação para populações específicas.
Introdução: Os testes rápidos usados para a detecção de vírus da imunodeficiência humana, sífilis e hepatites B e C são de exceção simples e representam uma importante ferramenta de diagnóstico precoce, porém exigem um correto manejo nas suas distintas etapas. O aconselhamento pré-teste é uma etapa relevante e representa um desafio na aceitação do teste, na adesão ao tratamento e no acolhimento do resultado positivo. Fundamentado na importância do pré-teste, faz-se salutar criar estratégias para um aconselhamento exitoso. Objetivo: Analisar a aplicabilidade do audiovisual como ferramenta no aconselhamento pré-teste. Métodos: Estudo descritivo, quantitativo, realizado de julho/2019 a novembro/2020, em uma unidade de saúde da família de Natal (RN). Para avaliar a aplicabilidade do audiovisual, foi utilizado um instrumento composto de cinco perguntas com as seguintes respostas: totalmente adequado, adequado, parcialmente adequado, inadequado. O vídeo educativo foi fruto de uma dissertação de mestrado profissional cuja pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, parecer n. 2.529.502/2018. Resultados: Sobre a duração do vídeo, dos 160 participantes, 68% apontaram como totalmente adequada, 31% como adequada. Em relação à importância dos assuntos abordados, 86% classificaram como totalmente adequada, 13% como adequada. A facilidade de compreensão do texto foi avaliada por 81% como totalmente adequada e por 15% como adequada. Sobre a serventia das ilustrações no vídeo, 83% indicaram que estava totalmente adequada, 15% que era adequada. A utilidade do vídeo para o entendimento das infecções sexualmente transmissíveis e do teste rápido foi o quesito melhor avaliado, com 91% classificando-a como totalmente adequada. Nenhum quesito foi avaliado como inadequado, e o percentual de respostas parcialmente adequado se mostrou irrisório. Conclusão: O audiovisual apresenta uma boa aplicabilidade, visto a excelente avaliação. A principal fragilidade foi sua duração. O vídeo de aconselhamento pré-teste rápido encontra-se disponível no YouTube e pode ser replicado na pluralidade dos usuários para um aconselhamento individual ou coletivo.
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