;. HEMATOMA INTRAMURAL DO ESÔFAGO. ABCDExpress. 2017;1(2):669.Instituição: HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO Apresentação do Caso: Mulher, 52 anos, vinha apresentando tosse associada a náuseas, quando iniciou com dor precordial súbita. Realizado eletrocardiograma que mostrou bloqueio de ramo esquerdo com enzimas cardíacas normais. Seguida investigação com cinecoronarioangiografia, também sem alterações. No dia seguinte passou a relatar disfagia, odinofagia e hematêmese. Realizada tomografia computadorizada (TC) que evidenciou pneumonia lobar e espessamento da parede do esôfago em toda sua extensão com redução importante do lúmen. Procedida endoscopia digestiva alta (EDA) que mostrou lesão volumosa, arroxeada, estendendo-se por todo o esôfago, ocupando cerca de 75% da circunferência do órgão, com sinais de sangramento recente, sugestivo de hematoma submucoso. Mantida a paciente em jejum, prescritos antieméticos, inibidor de bomba de prótons, analgésicos e tratada a infecção respiratória. Em três dias evoluiu com melhora dos sintomas, sendo liberada dieta líquida com boa tolerabilidade. Repetida a EDA em dez dias que mostrou irregularidade da mucosa do esôfago no local onde se encontrava o hematoma no exame prévio, sugerindo ruptura espontânea da mucosa com drenagem do hematoma. A paciente recebeu alta com plano de repetir a EDA em 30 dias. Discussão: O hematoma intramural do esôfago é uma condição rara que acomete indivíduos idosos, com discreta prevalência em mulheres. O quadro clínico inclui dor torácica (84%) retroesternal, súbita e severa, associada à disfagia ou odinofagia (59%), seguida de hematêmese (56%). Etiologicamente é classificada em hemostasia sub-ótima, emetogênica, traumática, relacionada à doença aórtica e idiopática. Lesão espontânea ocorre em 19% dos casos e a manobra de valsalva está envolvida em um terço deles. É caracterizado pela coleção de sangue na parede do esôfago resultante de lesão da mucosa que disseca pela submucosa, a qual pode secundariamente romper para o lúmen esofágico. A TC evidencia espessamento da parede do esôfago e massa intramural bem definida. A EDA mostra uma lesão volumosa, flutuante, arroxeada, descendo pelo esôfago posterior. O tratamento é conservador, com jejum e reintrodução progressiva da dieta. O prognóstico é excelente com resolução espontânea da lesão mucosa e absorção do hematoma em 1 a 3 semanas. Comentários Finais: O hematoma intramural do esôfago pode mimetizar várias doenças cardíacas, pulmonares ou esofágicas, no entanto é raro e, portanto, não é amplamente reconhecido pelos médicos. ABCDExpress 2017;1(2):669Codigo: 63725 Acesso está disponível em www.revistaabcd.com.br e www.sbad2017.com.br Acesso pelo
No abstract
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