Objetivo: Analisar as notificações de receitas B2, do Município Goiana, situado na Região Metropolitana do Recife, Pernambuco. Método: Estudo transversal, quantitativo, desenvolvido durante os meses de junho a dezembro de 2019, utilizando-se um formulário padrão para transcrição das informações referentes aos campos prescricionais das receitas, com informações do prescritor, paciente, medicamento e da legibilidade do manuscrito, assim sendo classificadas como legível, parcialmente legível e ilegível. A pesquisa só foi realizada após aprovação por comitê de ética, recebendo aprovação com a CAAE nº 11673219.7.0000.5175. Resultados: Após coletadas informações das 37 Notificações de Receita B2, com as datas de prescrição dentro da faixa temporal do estudo, encontrou-se uma maior prevalência de usuárias do sexo feminino, representando 86,5% da amostra e, na totalidade, o medicamento foi a sibutramina na dose de 15 mg. Com relação a legibilidade dos documentos, foram em sua grande maioria ilegíveis, mesmo este problema sendo combatido desde muito antes das emissões das normativas de controle especial de medicamentos. Conclusão: De acordo com a avaliação dos receituários, identificou-se uma baixa qualidade, no que diz respeito à legibilidade no preenchimento das notificações de receita para a dispensação dos anorexígenos, não fornecendo todos os dados necessários para uma utilização correta e segura dos medicamentos. Desta forma, se faz necessário instituir medidas para a diminuição dos possíveis erros de medicação e a melhoria da qualidade das prescrições medicamentosas. Palavras chave: Notificação de Receita. Anorexígenos. Farmacoepidemiologia.

Os serviços farmacêuticos envolvem atividades clínico-assistenciais, sobretudo voltadas ao cuidado em saúde, devendo comprometer-se com o apoio direto ao usuário e com a obtenção de resultados em saúde, especialmente os relacionados à farmacoterapia. Nesse contexto, o objetivo do estudo foi revisar a farmacoterapia dos usuários da Atenção Primária à Saúde (APS). Foi realizado um estudo seccional, com abordagem quantitativa e descritiva dos dados. O estudo foi desenvolvido no período de setembro de 2018 a fevereiro de 2019, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Campina Grande, PB, Brasil. As variáveis do estudo foram classificadas em demográficas e socioeconômicas, clínicas e relacionadas à farmacoterapia, as quais foram coletadas por meio de um questionário estruturado. Dos usuários observados, a média de idade foi de 50 anos. Na avaliação da farmacoterapia, as classes de medicamentos mais utilizadas foram dos anti-hipertensivos e hipoglicemiantes, devido ao perfil de morbidade relacionada às doenças crônicas. Houve uma frequência de 19,8% de ocorrência de interações medicamentosas entre os usuários, sendo algumas de intensidade grave, revelando insegurança da farmacoterapia, apesar da elevada adesão quando questionados sobre o uso. Apesar dessas limitações, a pesquisa apresentou contribuições importantes para o serviço e aos profissionais de saúde, como a integração do profissional farmacêutico às equipes de saúde da família na atenção básica, e a possibilidade de oferta do serviço de revisão da farmacoterapia aos usuários, observando as dimensões de necessidade, adesão, efetividade e segurança dos medicamentos em uso.