Guaco Mikania glomerata Spreng. and M. laevigata Sch. Bip. ex Baker, Asteraceae, has antimicrobial activity and may be helpful in reducing the incidence of oral diseases. This double-blinded randomized clinical trial aimed to evaluate the effi cacy of guaco mouthwashes on the disinfection of toothbrushes used by preschool children, tested positive for mutans streptococci (MS), as well as the quantifi cation of its coumarin contents by high performance liquid chromatography. Ethanol extracts were obtained by percolation. The mouthwashes were prepared with 2.5% g/mL M. glomerata and M. laevigata ethanol extracts, standardized for their coumarin content (% mg/mg). Antimicrobial effect of the mouthwashes and extracts were assessed in vitro against Streptococcus mutans (ATCC 25175™), using 2.4 to 500 µg/mL to calculate the minimum inhibitory concentration (MIC). For the in vivo study, 24 patients were randomly assigned to a 4-stage changeover system with a one-week interval between each stage. All solutions were used in all stages by a different group of children. After brushing without toothpaste, toothbrushes (n=96) were sprayed with water and solutions of M. glomerata (2.5%), M. laevigata (2.5%) and chlorhexidine (0.12%). Microbiological analysis was carried out after 4 h and 30 days, respectively. MIC values were 400, 125 and 14 µg/mL, respectively, for both crude ethanol extracts, mouthwashes of M. glomerata and M. laevigata. Statistical analysis showed that all solutions decreased contamination of toothbrushes by mutans streptococci (chlorhexidine 50.7±17.7%; M. glomerata 37.3±23.7% and M. laevigata 28.7±25.1% of inhibition). Treatment with chlorhexidine and M. glomerata were statistically similar (p>0.05). M. glomerata mouthwash could be useful in herbal strategy programs against mutans streptococci and the marker coumarin may be not related to the activity observed.
Introdução: O primeiro caso reportado da infecção pelo novo coronavírus ocorreu na China, em dezembro de 2019. Dado o alastramento da doença, ocorreram modificações no estilo de vida, que associadas ao período de incertezas geraram impactos na saúde da população. Objetivo: Compreender as implicações da pandemia de COVID-19 na saúde mental e física dos estudantes do Curso de Medicina de uma universidade do Espírito Santo. Métodos: Estudo transversal de agosto de 2020 a janeiro de 2021, com abordagem quantitativa e qualitativa, com estudantes de Medicina de todos os períodos. Coleta de dados feita com questionário eletrônico, englobando dados sociodemográficos, econômicos, características individuais e familiares sobre o período prévio e concorrente à pandemia. Os programas Excel 2020 e OPENEPI foram utilizados para as análises. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, sob o número 4.224.502. Resultados: Foram avaliados 779 acadêmicos, a maioria do sexo feminino (61,6%), entre 20 e 24 anos (64,0%), nos dois primeiros anos do curso (46,5%), residentes em área urbana (98,1%), com uma a três pessoas em seu domicílio (65,0%) e sem vínculo empregatício (93,2%). Características da amostra durante a pandemia: necessidade de trancar matrícula (3,9%), preocupação constante com a família (73,9%), dificuldade de adaptação à educação a distância (76,0%), convívio familiar contínuo (84,5%), alterações do sono (54,9%), da prática de atividade física (60,3%) e do peso (71,0%), participação nos afazeres domésticos (77,9%), pressão psicológica (47,6%), alimentação (69,6%). As variáveis que sofreram modificações significativas entre os períodos prévio e concorrente à pandemia foram diminuição de renda (p=0,005), aumento do uso de medicamentos (p=0,0009) e do nível de estresse autopercebido (p≤0,0000001). Com relação ao desenvolvimento de dores no período da pandemia, apresentaram impacto: sexo feminino (p≤0,0000001), segundo ano do curso (p=0,001), preocupação constante com a família (p=0,000002), dificuldade de adaptação ao ensino a distância (p=0,002), alterações no sono (p=0,000003), atividade física (p=0,001), mudanças no peso (p=0,00007) e na alimentação (p=0,01). Para o desenvolvimento de distúrbios psíquicos durante a pandemia, as com maior significância foram sexo (p=0,004), preocupação constante com a família (p=0,005), sono (p=0,006) e alimentação (p=0,003). Conclusões: Modificações dos padrões de vida decorrentes da pandemia impactaram negativamente a saúde física e mental, tornando essencial que as instituições de ensino proporcionem ações de cuidado à saúde de estudantes.
Introdução: A acelerada ascensão da COVID-19 alterou a rotina e o estilo de vida dos professores de Medicina, que tiveram que conciliar o trabalho na linha de frente com a mudança para o ensino remoto. Objetivo: Avaliar as implicações da pandemia de COVID-19 na saúde mental e física dos professores do curso de Medicina de uma Universidade da Região Metropolitana do Espírito Santo, Brasil. Métodos: Estudo transversal, quanti-qualitativo, com professores de Medicina de uma Universidade da Região Metropolitana do Espírito Santo, Brasil, de agosto a dezembro de 2020. A coleta de dados foi realizada com questionário virtual, entrada de dados no Excel 2010 e análise no OpenEpi. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade. Resultados: Foi possível estabelecer influência da pandemia no nível de estresse (p<0.0000001) e no uso de medicamentos contínuos (p=0.000008337). Observou-se que o número de habitantes no domicílio foi decisivo para o desenvolvimento de distúrbios psíquicos (p=0.01131), enquanto a qualidade do sono foi determinante para o aparecimento de distúrbios psíquicos (p=0.001923) e dores (p=0.001491) na pandemia. Conclusão: A alteração do estilo de vida e as dúvidas proporcionadas pela pandemia de COVID-19 acarretaram mudanças na qualidade do sono, estresse e medicações de professores de medicina, além do surgimento de dores e distúrbios psíquicos. São necessárias medidas reduzindo sobrecarga e estresse dos professores na pandemia, bem como ações de promoção de saúde mental e física pela Instituição de Ensino Superior.
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