Com o início da pandemia de COVID-19, o distanciamento social foi adotado como medida para o controle da doença e a telessaúde, como uma das estratégias aplicadas para a continuidade do seguimento de pacientes com doenças crônicas nesse período. Nesse contexto, é proposta uma revisão sistemática objetivando analisar o uso da telessaúde como método de acompanhamento de pacientes com diabetes mellitus ou hipertensão arterial sistêmica durante a pandemia de COVID-19. Foi realizada busca nas bases CINAHL, Embase, LILACS, Pubmed e Web of Science, em março de 2022, sendo identificados 456 títulos. Dentre estes, foram incluídos na síntese de evidências, 13 trabalhos. Somente 1 (um) estudo completo encontrou resultados de superioridade de modalidades não presenciais para o cuidado convencional. Em 50% dos trabalhos já concluídos (n = 3) não foi encontrada diferença significativa para manutenção do cuidado, contudo, em dois estudos ficou evidente uma melhora na experiência do paciente com a utilização das práticas de telessaúde. Conclui-se que apesar das práticas de telessaúde não apresentarem diferenças significativas quando comparadas aos tratamentos presenciais e usuais, ainda há escassez de estudos que avaliem essa prática durante a pandemia. São necessários, portanto, mais trabalhos e evidências sobre a efetividade dessas práticas.
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