Fatores associados à procura por serviços de saúde numa perspectiva relacional de gêneroFactors associated with the demand for health services from a gender-relational perspective
INTRODUÇÃO: o modelo do sistema público de saúde no Brasil, universal, integral e gratuito, foi legitimado pela Constituição de 1988, regulamentado pelas leis 8.080 e 8.142, de 1990, e fundamentando nos princípios da universalidade de acesso, integralidade, equidade, regionalização, hierarquização e participação social. (BRASIL, 1988) Contudo, sabe-se que a rede de saúde no Brasil convive em um descompasso entre oferta e acesso, o que torna a consolidação do SUS utópica. na contramão desta realidade brasileira, um Ambulatório Médico de Especialidades (AME), no interior do estado de São Paulo, iniciou um trabalho voltado à gestão das agendas, posicionando-se não como um mero ofertador de serviços, mas sim como instrumento potencializador e provocador do trabalho em rede. OBJETIVOS: Garantir o acesso dos usuários através da gestão da agenda, com confirmação de comparecimento, flexibilizando a vinda destes perante atendimento com horário agendado e reduzir o absenteísmo a uma taxa menor que 5%. METODOLOGIA: na primeira etapa do estudo foi realizada uma análise quantitativa dos relatórios de produtividade do período de janeiro a novembro de 2013, avaliou-se a quantidade de atendimentos agendados (consultas e exames) e a taxa de absenteísmo destas (com uma variação entre 10 a 30%). a partir dos dados coletados e quantificados, por meio de ligações telefônicas, foi estabelecido como rotina de trabalho, o contato com os usuários agendados para confirmação de presença em consultas e exames com maior demanda. As especialidades trabalhadas neste período foram: Cardiologia, Cirurgia Vascular, Endocrinologia, Ginecologia, Oftalmologia, Ortopedia e Pneumologia, além do exame de Ultrassonografia. Assim, caso o usuário não confirmasse presença antecipadamente o serviço de saúde poderia ofertar esta vaga desistente a outro, não havendo desperdícios e atendendo a demanda da região. Concomitante a isto, foram realizadas reuniões com os colegiados gestores, de maneira a apresentar aos gestores municipais o ambulatório, os agendamentos, a taxa de absenteísmo, perda primária e uso de vagas de "bolsões" por cada município, visando pactuações e corresponsabilidade entre os serviços. RESULTADOS:Embora os dados quantitativos e relacionais sejam recentes, com a otimização das agendas das especialidades citadas acima, foi possível identificar que em 62% das especialidades trabalhadas o percentual de faltas (taxa de absenteísmo) diminuiu entre 2 e 4%. Entretanto, apesar dos resultados serem positivos, está em construção um questionário caracterizador do motivo das ausências e futuramente, serão estabelecidas estratégias perante estas informações. CONCLUSÃO: um estudo realizado por Bender (2010) constatou que o aumento do absenteísmo na atenção secundária, impacta em uma possível complicação do quadro de saúde do usuário, interferindo na continuidade do seu tratamento e ainda no aumento da demanda na rede básica, devido ás complicações de saúde. por isso é importante ressaltar a indissociabilidade entre gestão e atenção e entender o trabal...
À minha família tão amada: pai, mãe e irmã. Obrigada pelo amor e pela torcida! Agradeço meu cunhado, Diego, pela presença tanto nos momentos tristes destes últimos anos como felizes da minha família! Agradeço grandiosamente às minhas colegas de trabalho do Hospital Estadual de Ribeirão: Adriana, Renata e Vanessa pela compreensão, colaboração e pelo companheirismo! Às minhas amigas, Adriana e Vanessa, pelos conselhos e ombro amigo! Ao Clayton, por participar deste processo, sempre perguntando como estava o mestrado, e construir ferramentas que facilitaram o meu trabalho! Ao Messias, que tanto me confortou com as palavras da "Doutrina Consoladora"! A todos os colegas do Hospital Estadual de Ribeirão Preto que me apoiaram nas angústias iniciais! Ao meu orientador, Altacílio, por ter acreditado em mim, mesmo sem me conhecer! A todos os funcionários dos Núcleos de Saúde da Família I e IV pela receptividade durante o longo período de coleta de dados! À minha amiga Flávia: meio irmã. À Haline, uma nova amiga! Agradeço pela indicação da Profª.Teresa Cristina, mas principalmente pelo apoio durante a reta final. À Profª. Drª. Teresa Cristina quemesmo sem conhecer-me pessoalmentemuito colaborou na concretização e revisão deste trabalho! Suas colocações sobre a estrutura metodológica foram muito bem-vindas! À minha pequena afilhada, Vi, pela doçura e sorrisos! À minha prima Telma, pela convivência. A todos aqueles que, direta ou indiretamente, participaram e torceram por mim e que colaboraram para a concretização deste SONHO há muito almejado! Resumo RESUMO Introdução: Os valores da cultura masculina envolvem comportamentos de risco à saúde, sendo que a forma como os homens constroem e vivenciam a sua masculinidade torna-se uma das matrizes masculinas dos modos de adoecer e morrer. Objetivos: Considerando-se a relevância para o planejamento de políticas de saúde, este estudo abarcou, enquanto objetivo geral: Descrever e analisar os fatores associados à procura dos serviços de saúde por pessoas do sexo masculino e sexo feminino. Os objetivos específicos visaram: Descrever o perfil sóciodemográfico e clínico-epidemiológico de homens e mulheres que procuram os serviços de saúde nos níveis de complexidade primário e secundário; Descrever variáveis relacionadas à procura e aderência aos serviços de saúde entre homens e mulheres e entre os níveis de complexidade primário e secundário; Comparar a procura e aderência aos serviços de saúde entre homens e mulheres considerandose os níveis de complexidade primário e secundário; Caracterizar os serviços de saúde que apresentam aspectos considerados adequados relacionados à procura e aderência entre o sexo masculino e o feminino. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, no qual se utilizou roteiro estruturado de entrevista, aplicado mediante seleção aleatória de homens e mulheres que se encontravam, no momento da coleta de dados, nos seguintes serviços de saúde do município de Ribeirão Preto:
INTRODUÇÃO: o acesso à saúde, independente da classe econômica e social, é uma conquista do povo brasileiro, que através de reivindicações e movimentos sociais, fez valer seu direito com a criação de um sistema universal e gratuito. no entanto, é sabido que toda conquista é início para outro processo. Nesta ótica, o Ministério da Saúde, propôs no ano de 2003 uma política que, além de atravessar as diferentes ações e instâncias do Sistema Único de Saúde (SUS), englobou os diversos níveis de complexidade e dimensões da atenção e da gestão pública na saúde, visando sistematizar o atendimento à população e garantir atenção integral, resolutiva e humanizada. a Política Nacional de Humanização (PNH) permitiu a garantia de acesso à saúde com resolutividade por meio da transversalidade na gestão, indissociabilidade entre atenção, gestão e protagonismo, cooresponsabilidade e autonomia dos sujeitos envolvidos. Neste sentido a construção do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) propiciou o direito à cidadania e a participação dos usuários nos serviços de saúde; Contudo, para que as mudanças propostas sejam de fato concretizadas, é necessário um olhar critico do gestor. Diante do exposto é que se optou por compartilhar a experiência vivenciada em hospital de média complexidade, localizado no interior do estado de São Paulo, sob a escuta qualificada do gestor.OBJETIVOS:Avaliar se a existência de um S.A.U propicia o controle social dentro de um ambiente hospitalar e ambulatorial; e se as ferramentas disponibilizadas, neste caso as comunicações espontâneas, são utilizadas na transformação dos fluxos de trabalho e gestão da saúde. METODOLOGIA: Todas as manifestações recebidas espontaneamente (elogios, sugestões e queixas), identificadas ou não, são analisadas e documentadas semanalmente no setor e, quando pertinentes, são discutidas entre S.A.U, alta administração e coordenadores, no inicio do mês subseqüente ao recebimento, a fim de que as ações propostas sejam efetivadas. Estas reuniões são mensais, com duração de 2h, com data, horário e local pré-definidos. As discussões fomentadas são registradas em atas, e posteriormente divulgadas em murais disponíveis no ambulatório e hospital para analise dos usuários. RESULTADOS: no primeiro semestre de 2013 foram contabilizados 727 elogios, 176 sugestões e 87 queixas oriundos de comunicações espontâneas relativas ao atendimento e qualidade dos serviços oferecidos. com exceção dos elogios, foram destacadas as manifestações que continham informações concretas e passíveis de intervenções, sendo analisadas 47% das queixas e 60% das sugestões. no momento, não há dados que mensurem a implantação das melhorias, contudo, em conjunto com a gestão da qualidade, iniciou-se a construção de uma ferramenta gerencial que contribuirá também para a construção de planos de ações que modifiquem os processos de trabalho e ofereçam qualidade nos serviços de saúde continuamente. CONCLUSÃO: a análise e proximidade do gestor com as situações levantadas pela população usuária dos serviços facilita o mapeamen...
INTRODUÇÃO:Disposição centralizadora do poder, fragmentação do trabalho, baixa comunicação e insatisfação dos trabalhadores que não vislumbram os resultados de suas ações, são algumas das características do tradicional em gestão dos serviços de atendimento à saúde. um hospital, de média complexidade, no interior do estado de São Paulo, baseado em um modelo organizativo na gestão por processos e espaços coletivos de participação, desenvolve, desde 2010, o Grupo de Trabalho (GT), no qual a pauta de discussão são os processos de trabalho cotidianos. OBJETIVOS: Discutir e analisar problemas que entravam o funcionamento do serviço com vistas a manutenção e melhoria da qualidade do serviço prestado; Valorizar o trabalhador através da sua participação no processo de tomada de decisão. METODOLOGIA: É operacionalizado através do método da roda de discussão, com representantes das diversas áreas que compõem o processo de trabalho cotidiano e um presidente e vice-presidente para mediar as discussões, fomentadas através de acordos entre essa coletividade. Os assuntos são encaminhados pelos próprios membros a partir de situações do contexto em que se encontram e demandas das equipes. As reuniões são mensais, com horário, data e local fixo, com duração de uma hora e 30min. o conteúdo é documentado em ata e socializado na intranet. Mensalmente, o presidente e vice-presidente se reúnem com a Diretoria para discutirem as sugestões levantadas e a possibilidade de viabilização. RESULTADOS: em termos quantitativos na gestão do GT dos anos de 2010/2011 discutiram-se 111 assuntos, em 20111/2012: 71 e em 2012/2013: 31, demonstrando um refinamento dos processos de trabalho. na gestão 2012/2013, do total dos assuntos, 27 foram resolvidos pelo próprio GT e quatro foram encaminhados para Diretoria, com aprovação das sugestões do grupo. Estas mensurações foram dadas através de dois indicadores, os quais revelam o grau de autonomia e governabilidade do GT, que na última gestão demonstraram: 1) índice de resolutividade do GT: número de assuntos discutidos dividido pelo total de encaminhados, obtendo um valor de 86%; 2) índice de resolutividade do GT frente a Diretoria: número de sugestões aceitas pela Diretoria dividido pelo total de assuntos encaminhados para a Diretoria, com um resultado de 100%. Qualitativamente, têm-se a democratização das relações de trabalho com produção de sentido para quem operacionaliza a assistência, a diminuição das resistências a partir do momento em que a participação do colaborador promove a compreensão dos motivos de possíveis alterações nos processos de trabalho, ou seja, menor resistência e maiores entendimentos e a valorização do trabalhador quando este se sente partícipe, ao sugerir, discutir e conhecer, minimamente, os problemas que entravam a assistência. CONCLUSÃO: o GT permite o coletivo, o exercício da grupalidade e potencializa ações da atenção e da gestão, estas indissociáveis pela ótica da Política Nacional de Humanização.
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