A Coleção de Pragmática, organizada pelo Grupo de Pesquisa Linguagem, Comunicação e Cognição do CNPq, tem como objetivo apresentar pesquisas científicas realizadas nesta área em seus múltiplos diálogos com outras ciências, como a neurociência, biologia, psicologia, ciências sociais, estudos literários, direito, tradução, comunicação social, entre várias outras, como também difundir investigações aplicadas aos mais diversos contextos da atividade humana nesses âmbitos. Este primeiro volume, inaugural, conta com pesquisas de professores doutores nacionais e estrangeiros, assinadas em conjunto com colegas e alunos, com o propósito tanto de fortalecer o intercâmbio de ideias na ABRAP – Associação Brasileira de Pragmática, como de maximizar o alcance, originalidade, potencialidade de impacto e interdisciplinaridade desta ciência no Brasil.
Resumo: Conforme apresentam nos estudos de Cummings (2017), Volden (2017), Loukusa (2017), Stemmer (2017), entre outros pesquisadores, a aproximação das ciências da saúde com os estudos da pragmática permitiu a caracterização e a gestão de um extenso grupo de distúrbios causadores de déficits na interpretação e comunicação humana. Entre as deficiências pragmáticas incluem-se indivíduos com transtorno do espectro autista, déficits intelectuais, demência e dano no hemisfério direito. O objetivo neste trabalho é, portanto, apresentar os aspectos gerais que norteiam uma pragmática de vertente clínica (Cummings, 2017), a partir de casos que envolvem o estudo e o manejo clínico de distúrbios pragmáticos (Brinton, Fujiki, 1994; Abusamra et al, 2009; Loukusa, 2007, 2017), para uma breve análise de diálogos nesta perspectiva. Por fim, buscamos também elucidar a pragmática enquanto ciência transdisciplinar e os benefícios desse alcance para o impacto científico da área.
Palavras-chave: Pragmática clínica. Pragmática cognitiva. Teoria da mente. Patologias da linguagem.
Desenvolvemos neste trabalho uma proposta de análise da interpretação jurídica da Constituição Federal Brasileira, envolvida na criação das Súmulas Vinculantes instituídas pelos magistrados do poder judiciário em suas cortes. Utilizamos a perspectiva da pragmática cognitiva para construir uma base epistêmica mais sólida sobre o conceito de interpretação forense. Com isso, buscamos elucidar, tanto aos juristas como aos linguistas, que a integração da pragmática à concepção desse tipo de interpretação é capaz de oferecer um modelo teórico mais aprofundado do que as abordagens estritamente sociológicas, recorrentes nesse tipo de estudo. A relação controversa da interpretação da lei entre um tribunal e outro, no exemplo prático utilizado, torna oportuna uma outra maneira de avaliar o processo de interpretação jurídica
O objetivo neste trabalho é demonstrar que o desenvolvimento de uma competência intercultural pragmática e os estereótipos no ensino de ELE são mais amplamente entendidos, tanto em seus conceitos particulares como na relação entre eles, quando observados a partir da ideia de atração cultural. A teoria de Sperber (2012) e Claidière, Scott-Phillips e Sperber (2014) visa à descrição causal e natural dos fenômenos culturais, e o ensino, especificamente o de língua adicional, oferece elementos observáveis a partir dessa descrição, entre eles o apontamento dos atratores que contribuem para a própria evolução cultural.
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