Resumo: Introdução: As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para o curso de Medicina propõem métodos de ensino e avaliação em que os discentes possam desenvolver criticidade em relação às necessidades de aprendizado. Nesse contexto, a avaliação por pares (AP) apresenta-se como uma estratégia didática capaz de potencializar esse processo. Apesar disso, ainda se observa pouco uso dessa ferramenta na graduação, contudo ela é frequente em congressos científicos e avaliação de periódicos. Diante disso, este relato de experiência busca compartilhar os aprendizados e as reflexões da implementação sistematizada da AP em um componente curricular de Saúde Coletiva do curso de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia. Relato de experiência: O componente em que a atividade foi criada contava com atividades teórico-práticas durante o semestre. Assim, a atividade relatada iniciou-se com a elaboração de pôsteres ao longo do semestre em razão de sua importância em congressos médicos. Esses pôsteres discorriam sobre as vivências dos alunos na atenção primária à saúde. A avaliação desses pôsteres foi feita consecutivas vezes por meio de instrumento de AP pactuado com os estudantes previamente, o qual pontuava critérios estruturais do pôster, bem como seu conteúdo. Os acadêmicos puderam ser avaliados e atuar como avaliadores, sendo supervisionados pelos professores, o que contribuiu para o desenvolvimento da criticidade no processo de aprendizagem. Discussão: Inicialmente, a atividade gerou estranheza dada a pouca familiaridade dos alunos com a AP, o que foi superado ao longo do semestre. Como limitações, apontamos a necessidade de lidar com as subjetividades no processo avaliativo dos alunos, de formação em feedback e gestão de conflitos, além de possíveis limitações tecnológicas dos discentes. Conclusão: A AP, embora seja uma estratégia utilizada em outros cenários científicos, possui caráter inovador na graduação e pode promover as competências esperadas para um profissional médico crítico e autônomo, como a familiaridade com a prática do feedback e a capacidade de análise crítica.
A cinematografia tem se mostrado ferramenta versátil na educação médica podendo ser utilizada no estudo do processo saúde-adoecimento-cuidado. Objetiva-se relatar a experiência do uso da cinematografia para discussão das metáforas da enfermidade no curso médico de uma Universidade Federal. Como preparo, os estudantes leram sobre “Significação e metáforas da doença”. Foi exibido o filme “Para sempre Alice” e debatido o tema lido com base em suas metáforas. Posteriormente, os alunos foram à Rede Básica para aplicar o uso das metáforas. Notou-se a importância dos determinantes sociais em saúde e da relevância de ações que extrapolam o âmbito biológico. A atividade, além de lúdica, foi pedagógica e buscou tornar a aprendizagem mais significativa. Percebeu-se a efetividade da cinematografia para interpretação de metáforas da doença e contribuição para uma melhor prática médica.
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