Introdução: O Brasil tem cerca de 4,0 milhões de doações e coletas por ano. A precisão na detecção de agentes infecciosos, principalmente o vírus da imunodeficiência humana, vírus da hepatite B e vírus da hepatite C é uma preocupação crescente no país; em razão de se tratar de segurança na saúde pública. Atualmente, apesar da existência e aplicação de testes de triagem de alta sensibilidade e especificidade, existe o risco de infecções transmissíveis por transfusão. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de hepatites B e C pós-transfusionais na região Norte do Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo epidemiológico, descritivo, realizado a partir dos casos notificados de Hepatites B e C pós-transfusionais na região norte, no período de 2010 a 2020, obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Resultados: No período de 2010 a 2020, dentre o total de 20.929 casos notificados de Hepatites Pós-transfusionais em todo o Brasil, 397 (1,89%) foram procedentes dos estados da região Norte; destes, 193 (48,61%) foram positivos para o HBV e 204 (51,39%) para HCV. Em relação aos sexos, a porcentagem foi próxima entre masculino e feminino, com 50,13% e 48,87%, respectivamente. Por último, quanto à raça, a maioria dos indivíduos declarou sua identificação como parda, com 66,06%. Conclusão: De maneira geral, não houve transições ou muitas evidências acerca da patologia relacionada à transfusão sanguínea, reforçando a necessidade de ações que visem diminuir as chances de contaminação por essa via de transmissão.
