A prática assistencial tem suscitado inquietações relacionadas ao cuidado dispensado às mulheres, com a atenção para questões que se revestem de extrema importância na Saúde Materna na Saúde Pública. Propõe-se disparar neste estudo a discussão sobre os alcances e desafios da integralidade do cuidado à saúde materna, a partir da experiência de uma das autoras em cenários de saúde do Brasil e Portugal. Será apresentada a análise comparada do formato de grupos de gestantes enquanto estratégia frequente, principalmente na Atenção Primária dos dois países. Para isso, foi utilizada a observação participante de dois grupos de gestantes, um em cada país. A organização dos grupos foi apresentada e analisada em suas configurações metodológicas e práticas. A análise das experiências indica que os dois grupos podem ser considerados informativos ou educativos, com metodologia e estruturação sob a forma de palestras com temas pré-definidos, com reduzida possibilidade de reflexão e empoderamento, devido à forma fragmentada de apresentação, o que pode também denotar diminuída reflexão acerca das mudanças no papel feminino. Conclui-se que a necessidade do cuidado às mulheres, em distintos momentos de suas vidas, pressupõe a contínua luta por uma abordagem ampliada e integral, enfatizando a rede de cuidados e o enfoque na promoção de saúde.
Este trabalho constitui um relato de experiência e de intervenção da Psicologia junto à equipe multiprofissional de uma Estratégia Saúde da Família de um Município do interior paulista, através da oferta de um espaço terapêutico para usuários egressos de internações psiquiátricas. Possuímos como objetivo contribuir com a reflexão sobre as ações terapêuticas, dialogando sobre a construção de um projeto coletivo de cuidados ampliados voltado para a prevenção, a promoção e a proteção da saúde mental no Território. A metodologia utilizada foi baseada na perspectiva construtivista da Psicologia social da saúde, proposta por Spink (2003), e no método da roda, proposto por campos (2003). Percebemos, através do grupo, o fortalecimento dos vínculos e dos laços de confiança entre profissionais e usuários, o que proporcionou a reconstrução das relações sociais que, muitas vezes, foram rompidas devido aos longos momentos de internações psiquiátricas. concluímos que são eficientes as propostas terapêuticas cujas ações enfoquem a desmedicalização e a continuidade do cuidado aos sujeitos egressos de internações psiquiátricas para seu lugar social de origem. Além disso, as ações e os planos de cuidado, seja para promover a saúde, seja para prevenir doenças, dependem da participação ativa dos sujeitos, pois, do contrário, as práticas e os projetos de cuidado perdem a sua eficácia.
Trata-se de pesquisa qualitativa, realizada com sete apoiadoras institucionais de um município do interior paulista, com o objetivo de verificar o processo experiencial na gestão da Atenção Básica. A partir da análise de conteúdo temática, foi discutida a construção da experiência, da identidade e a necessidade da supervisão-apoio do apoiador institucional. Consideram-se as barreiras na construção de novas práticas de atenção à saúde e de gestão, com o desafio de institucionalizar a proposta e fortalecer a Educação Permanente, como ferramentas para a reorganização da gestão da Atenção Básica.
RESUMO Introdução A comunicação se apresenta como uma habilidade que deve ser conquistada na graduação médica, configurando-se como um campo de conhecimento a ser contemplado no que se refere à formação médica. A forma como a comunicação é feita, incluindo seu conteúdo, constitui um importante elemento do vínculo estabelecido entre paciente, equipe, família e instituição de saúde. Diante das Diretrizes Curriculares Nacionais, estimula-se a aprendizagem por meio de metodologias ativas, com a comunicação como parte do processo ensino-aprendizagem, com o desafio de contemplar a comunicação de más notícias de forma efetiva na formação. Objetivo Analisar as percepções de estudantes de Medicina que cursam um currículo organizado com metodologias ativas acerca da comunicação de más notícias na formação. Método Tratou-se de um estudo qualitativo, realizado na Faculdade de Medicina de Marília (SP). Participaram da pesquisa 39 estudantes da primeira à sexta série do curso de Medicina. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada, e os dados foram analisados por meio da técnica de Análise de Conteúdo, na modalidade temática. Resultados e discussão Com base na análise realizada, foram identificadas quatro categorias temáticas: Dificuldades em definir “comunicação de más notícias”: produto ou processo?; É possível aprender a dar ou receber más notícias pela experiência?; Dificuldades na implementação do currículo integrado: insuficiente articulação teórico-prática em comunicação de más notícias; Valorizando a comunicação de más notícias: é preciso preparo teórico, técnico e emocional. Os resultados permitem um olhar circunscrito e importante da percepção dos estudantes sobre a comunicação de más notícias dentro da proposta curricular. Considerações finais Aponta-se que os participantes do estudo percebem a necessidade de maior articulação teórico-prática, preparo dos docentes e um cuidado com a formação pessoal e profissional dos estudantes acerca do que abrange a comunicação de más notícias. Espera-se que o estudo contribua para ampliação dos olhares acerca do tema no que se refere ao desenvolvimento de habilidades comunicacionais nos profissionais de saúde a partir da graduação.
When studying the implementation movement of active learning methodologies, especially the Problem Based Learning (PBL) at medical schools, it is considered that faculty training is of great relevance and is a weakness to be overcome. In this paper, an experience from a medical school is shared concerning the accession to PBL especially focusing the course on the faculty development during this process. The Faculty Development Program (FDP), made permanent in this institution, is presented, as well as its steps in 17 years of existence: strategies and guidelines for practical support. At first, faculty training programs were based on Continuing Education (CE) and Permanent Education (PE) demonstrating theoretical references and methodologies paying greater attention to the current process of Academic Permanent Education (APE). This study also describes the APE organization, potentialities and weaknesses rates and, following that, broadens reflection on challenges surrounding faculty training programs in medical schools. It is concluded that APE, when promoting operative group activities and active knowledge production, it supports and strengthens team work. When stimulating active attitude for personal and professional teacher growth, APE also collaborates for pedagogical, curricular and humanistic development of the higher education institute.
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