O estudo proposto é uma tentativa de pensar a história de cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) por meio das ferramentas analíticas e conceituais da subdisciplina história ambiental. As cidades da RMPA formaram-se a partir de loteamentos de terras que avançaram sobre microrregiões ambientais sensíveis, tais como várzeas de rios e de riachos, capões de mato e sistemas de banhados largamente associados aos abrangentes sistemas hídricos regionais. O assentamento nestas áreas se caracterizou pela chegada maciça (em termos demográficos e em curto prazo) de grupos sociais étnico e profissionalmente diversos; além disso, a intensa migração e as políticas desenvolvimentistas de industrialização e promoção urbanística sem regulação ocasionaram problemas ambientais relevantes, não totalmente avaliados. Até o presente momento, tais cidades são negligenciadas por profissionais de história ambiental, embora tenham sido alvo de inúmeros estudos relativos à história do planejamento urbano, da história social do trabalho e da constituição de identidades e da memória social. Nossa intenção é, então, esboçar uma agenda de pesquisas para a RMPA focando, especificamente, no exemplo de Canoas/RS. As fontes utilizadas são multivariadas, obedecendo a à amplidão das questões ambientais subjacentes ao crescimento da malha urbana citadina. Fotografias, cartografia, documentação administrativa e expressões das memórias dos moradores baseiam a pesquisa.
Ao refletir sobre a formação da cidade de Canoas, situada na Região Metropolitana de Porto Alegre, capital do Rio G rande do Sul (B rasil), nos reportamos a um mosaico. A cidade, hoje uma referência por sua localização estratégica e seu parque industrial, encontra no fenômeno da migração uma de suas principais características históricas. [...]
O artigo apresenta resultados de uma pesquisa que investigou a circulação de ideias sobre a temática do planejamento urbano na América Latina a partir de suas interseções com o circuito europeu no decorrer da década de 1970, tendo por base um estudo de caso entre o Brasil e a República Federal da Alemanha (RFA). Reporta-se, especificamente, ao caso do Vale do Rio dos Sinos/RS, contemplando a escala transnacional de expertises mobilizadas pela literatura científica-acadêmica a partir da assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica entre os países referidos. Questiona-se, prioritariamente, quais os conteúdos fundamentaram a elaboração do campo do urbanismo na região, promovendo avanços em relação ao estudo de outros aspectos correntemente investigados pela historiografia sobre o tema. As fontes de pesquisa incluem artigos publicados em periódicos, além de depoimentos orais realizados com alguns dos experts envolvidos no projeto. Argumenta-se que a circulação de ideias foi um ponto nevrálgico de um projeto federal de planejamento urbano voltado às políticas desenvolvimentistas, por parte do Estado brasileiro, bem como de demandas da ordem política internacional, ligadas à concepção do chamado "terceiro mundo" e da disciplinarização dos chamados espaços "subdesenvolvidos", por parte da RFA.
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