Este estudo investigou o perfil da Violência Sexual Doméstica contra Crianças e Adolescentes (VSDCA) no município de Dourados/MS, através da análise dos prontuários de um serviço de assistência social, no período de 2010-2011. Foram identificados 77 prontuários e todas as informações neles contidas foram consideradas para traçar o perfil sociodemográfico dos envolvidos, a caracterização da violência e os encaminhamentos realizados. Sobre os agressores, 98,7% eram do sexo masculino, 42% padrastos e 26% usuários de álcool/drogas. As vítimas eram majoritariamente do sexo feminino (89,6%) e na faixa etária dos 3-6 anos de idade (32,4%). Em 58,4% dos casos, as famílias viviam com até um salário mínimo. Em 57,1% foi praticado estupro, desencadeando consequências: lesões físicas (21,6%) e depressão (36,8%). A polícia foi o recurso primeiramente acionado em 45,4%, a vítima foi mantida no lar (50,6%) e encaminhada para Psicoterapia individual (47%), com o agressor encaminhado para a Justiça criminal em 44,1% dos casos. Palavras-chave: Violência Doméstica; Violência Sexual; Crianças; Adolescentes; Epidemiologia. 3w2
Resumo Este trabalho apresenta contribuições ao papel dos profissionais em Psicologia na Atenção Diferenciada à Saúde Indígena, destacando o entre-lugar teórico-prático ocupado junto aos povos Guarani, Kaiowá e Terena, e demonstrando a relação entre a Política Pública de Saúde, com suas exigências normativas e disciplinares, e a ordem cósmica, refletidas nos saberes em Saúde das diferentes figurações sociais e grupos-sujeitos com que trabalhamos. A partir dos diferentes ethos e estilos dos grupos indígenas e não indígenas e suas acepções de saúde, nos deparamos com a complexidade desse cenário-contexto, representada pela multiculturalidade/interculturalidade e pelas relações de poder e saber no cuidado em saúde. Assim, a Psicologia e demais profissões de saúde se veem desafiadas a produzirem uma Atenção à Saúde que cumpra sua função e tenha a eficácia simbólico-material necessária aos povos indígenas. Nesse sentido, a Cartografia como recurso metodológico nos permite acompanhar o processo, adentrar os textos e contextos de produção de Atenção à Saúde Indígena e compreender a emergência do pensamento limiar com a participação dos conhecimentos e saberes indígenas no cuidado em Saúde. A Psicologia Decolonial surge como alternativa, não como uma nova receita de atuação, mas provendo uma orientação teórico-prática que viabiliza a coexistência dos saberes indígenas e não indígenas no cuidado em Saúde. A supervisão das lideranças tradicionais e a entrada na cosmologia e nas epistemologias indígenas se tornam imprescindíveis para a atuação da Psicologia, possibilitando novos enlaces afetivo-intelectuais e políticos no cuidado em Saúde.
O presente artigo apresenta algumas reflexões sobre as condições atuais das políticas públicas de saúde mental no Brasil. O cenário em que nos encontramos, no ano corrente, é de instabilidade em relação a algumas conquistas obtidas ao longo da história pelos trabalhadores e usuários desses serviços. Para fins de análise, e tomando como base as reflexões de Michel Foucault, debruçamo-nos tanto sobre a “Política do Ministério da Saúde para a atenção integral a usuários de álcool e outras drogas” quanto sobre a nota técnica nº 11/2019 intitulada “Nova Saúde Mental”, da Coordenação-Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas. A partir do estudo dessas duas materialidades biopolíticas esperamos evidenciar tanto os mecanismos produtores de “morte e/ou assujeitametos” quanto as diferentes estratégias de mobilização e resistências (biopotências). Desse modo, reverberamos as biopotências e resistências por novas superfícies de registro: por uma sociedade sem manicômios.
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