Introdução: Em dezembro de 2019, surgiu na China o primeiro grupo de pessoas infectadas com o novo coronavírus, SARS-CoV-2, e em 2020 a doença atingiu proporções globais sendo classificada como uma pandemia. As manifestações dermatológicas da infecção por COVID-19 acontecem com uma frequência de 20% em doentes hospitalizados sem história de exposição a medicamentos nas duas semanas anteriores. Objetivo: Relatar manifestações urticariformes em paciente com COVID-19, sugerindo que tais lesões podem ser expressão do polimorfismo clínico dermatológico, apresentado durante a infecção pelo novo coronavírus. Relato de caso: Paciente de 27 anos apresenta quadro clínico inicial com coriza, tosse e fadiga. Evoluiu com anosmia, disgeusia e piora da tosse. No décimo dia de doença, o paciente apresentou lesões ponfosas de distribuição folicular e interfolicular que coalesciam e formavam placas eritematosas, pruriginosas, com duração de aproximadamente 30 minutos e resolução espontânea, localizadas no tronco e membros superiores e inferiores. O diagnóstico foi de urticária aguda relacionada à infecção pelo SARS-CoV2. Conclusão: A Covid-19 apresenta quadro clínico variável, com um amplo espectro de sintomatologia que abrange desde quadros assintomáticos até doença sistêmica grave. As lesões apresentadas pelo paciente já foram relatadas na literatura como sinais relacionados à infecção pelo SARS-CoV-2. É de suma importância a identificação de manifestações dermatológicas, sendo mais um dado relevante para suspeição de infecção, permitindo manejo sintomático e isolamento precoce para interromper a cadeia de transmissão da doença.